Os sintomas de nodulações nas adrenais podem incluir pressão alta e até mesmo alterações no ciclo menstrual
O diagnóstico de um nódulo na glândula adrenal, via exame de imagem, costuma ser motivo de preocupação para os pacientes e levanta diversas dúvidas sobre suas causas, sintomas e gravidade. Porém, muitas vezes, esse é um achado incidental dos exames e pode não ter qualquer significado clínico, devendo sempre ser avaliado por um médico capacitado e experiente.
Soluções eficazes, resultados duradouros: tratamento moderno para nódulos na glândula adrenal.
Índice
O que é o nódulo na glândula adrenal?
Primeiramente, é preciso compreender que as glândulas adrenais, também chamadas de suprarrenais, se localizam acima dos rins e têm um importante papel para a produção e regulação hormonal e, consequentemente, para o funcionamento do corpo. Assim, algumas situações médicas que levam à formação de um nódulo na glândula adrenal podem causar importantes sintomas e alterações metabólicas para o paciente.
O que causa nódulo na glândula adrenal?
Na maior parte das vezes, o achado de imagem nodular na região das glândulas adrenais não representa malignidade, mas diversas podem ser suas origens. Como a glândula adrenal é responsável pela produção de diversos hormônios, inicialmente precisamos dividir os nódulos da adrenal em produtores e não produtores de hormônios.
Isso é muito importante, porque nódulos produtores, habitualmente, são responsáveis por um quadro clínico mais exuberante, ao passo que nódulos não produtores são, geralmente, assintomáticos.
Os principais nódulos da glândula adrenal são adenomas (normalmente não produtores) e nódulos produtores de catecolaminas (feocromocitoma), de aldosterona (Síndrome de Conn) e corticoide (Síndrome de Cushing). Os carcinomas de adrenal normalmente não são produtores, mas existem carcinomas que podem provocar virilização. No entanto, existem outros tipos de nódulos de adrenal, como mielolipomas e até metástases de tumores de outros órgãos.
Adenomas adrenais
Os adenomas adrenais são tumores benignos que frequentemente são descobertos por acaso durante exames de imagem realizados por outras razões e por esse motivo são apelidados de “incidentalomas”. Ou seja, esse tipo de nódulo na glândula adrenal geralmente não causa sintomas, mas em alguns pacientes, o adenoma pode estimular a produção excessiva de aldosterona, provocando hipertensão e hipocalemia (potássio baixo no sangue).
Feocromocitoma
O feocromocitoma é um tipo raro de tumor adrenal que afeta especificamente as células responsáveis pela produção, armazenamento e secreção das catecolaminas. Por isso, o quadro clínico envolve picos pressóricos de difícil controle, taquicardia e cefaléia. Embora 90% dos feocromocitomas sejam benignos e unilaterais, o diagnóstico e tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações como:
- Infarto do miocárdio;
- Hemorragias retinianas;
- Acidente vascular cerebral;
- Hemorragia intracraniana.
Carcinoma adrenal
Ao notar a presença de um nódulo na glândula adrenal é fundamental dar seguimento a uma investigação médica para descartar a possibilidade de carcinoma adrenal, um tipo de câncer que afeta essas glândulas e que é extremamente agressivo. Como normalmente não são produtores, a grande suspeita de carcinoma de adrenal é dada pelo tamanho do nódulo. Dessa forma, é mandatório que nódulos não funcionantes com taxa de crescimento acelerado ou com tamanho superior a 4 centímetros sejam removidos.
Síndromes genéticas
Uma causa incomum e rara do nódulo na glândula adrenal, mas que deve sempre ser lembrada, é a possibilidade de se tratar de alguma síndrome genética, como as síndromes de Li-Fraumeni, Beckwith-Weideman, neoplasia endócrina múltipla do tipo 1 (NEM-1), síndrome do paraganglioma e outras.
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Principais sintomas
Os sintomas associados à presença de um nódulo na glândula adrenal podem variar conforme a natureza da lesão, mas, quando presentes, se relacionam à produção hormonal excessiva que ocorre na adrenal ao ser hiperestimulada pelo nódulo, tais como:
- Hipertensão arterial refratária a qualquer tratamento medicamentoso;
- Palpitação cardíaca;
- Rubor facial ou calor excessivo;
- Ganho de peso ou acúmulo na distribuição de gordura;
- Disfunção erétil ou aumento das mamas masculinas;
- Alterações no ciclo menstrual;
- Alterações na pele, como estrias ou excesso de pelos corporais.
Como o diagnóstico é realizado?
O diagnóstico de um nódulo na glândula adrenal envolve uma série de exames e testes que são importantes para determinar sua natureza e de que forma ele se relaciona com a função endócrina da glândula. Assim, os exames de imagem — como tomografia computadorizada e ressonância magnética — ajudam a localizar o nódulo na glândula adrenal e avaliar sua composição e relação anatômica com outras estruturas. Além disso, testes sanguíneos podem ser realizados para medir os níveis de hormônios produzidos pela glândula.
Qual o tratamento para nódulo na glândula adrenal?
O tratamento para um nódulo na glândula adrenal depende da natureza do nódulo, se ele está causando sintomas e se é benigno ou maligno. Assim, em casos pouco suspeitos e que não causam sintomas ao paciente, pode ser recomendada uma abordagem conservadora, com reavaliações clínicas e exames periódicos para monitoramento.
Já nos casos de nódulos produtores de hormônio em excesso, alguns medicamentos podem ser prescritos para controlar a produção hormonal e melhorar a sintomatologia do paciente, mas, habitualmente, a remoção cirúrgica é indicada. Nessas situações, o urologista deve avaliar cada paciente para definir qual é a melhor abordagem cirúrgica.
Vantagens da cirurgia robótica no tratamento
A cirurgia robótica tem se destacado na medicina como uma opção inovadora e segura para o tratamento das mais diversas condições, incluindo a abordagem do nódulo na glândula adrenal. Afinal, o uso de um sistema robótico permite que o cirurgião acesse áreas anatômicas complexas com muito mais facilidade e precisão, evitando complicações intraoperatórias.
Além disso, a recuperação do paciente que é tratado com cirurgia robótica é muito mais rápida e menos dolorosa, visto que são feitas mínimas incisões e que há menor manipulação das estruturas anatômicas.
Ou seja, o diagnóstico de um nódulo na glândula adrenal pode ser uma preocupação para muitos pacientes, principalmente para aqueles com rica sintomatologia. Porém, são diversas as terapêuticas disponíveis para tratar essas tumorações, sendo que nos casos mais complicados a cirurgia robótica permite oferecer um tratamento mais tranquilo e seguro para o paciente.
Tire dúvidas ou marque sua consulta para saber mais a respeito com o urologista Dr. Rafael Locali.
Fontes:
