Condição se desenvolve ao longo da vida, geralmente causada por infecções, traumas ou inflamações repetidas, dificultando a retração do prepúcio
A fimose é uma condição urológica que se caracteriza pela dificuldade ou pela impossibilidade de retração do prepúcio, que é a pele que cobre a glande, devido à sua falta de elasticidade. Em muitos casos, a condição pode regredir ao longo da infância, sem a necessidade de um tratamento específico.
Caso a fimose persista, entretanto, a alteração pode levar a desconfortos durante as relações sexuais e problemas de higiene, como infecções repetidas na região. Nessas situações, é fundamental que o menino receba tratamento adequado para evitar complicações.
Quais são os tipos de fimose?
Existem dois tipos principais de fimose: a fimose primária e a fimose secundária. O primeiro tipo caracteriza-se por ser congênito, ou seja, por estar presente desde o nascimento. Essa é a forma mais comum e geralmente não causa sintomas, sendo identificada durante consultas pediátricas ou quando os pais têm dificuldade para realizar a higiene da criança.
A fimose secundária, por sua vez, ocorre quando o prepúcio — que antes era normal — torna-se rígido devido a infecções, como balanites, ou a traumas no local. Esse tipo de fimose pode surgir após tentativas inadequadas de exposição da glande ou como resultado de procedimentos cirúrgicos.
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O que é a fimose secundária?
A fimose secundária, conforme foi explicado, é a forma de fimose que se desenvolve ao longo da vida, após o nascimento. Ela ocorre quando o prepúcio, que inicialmente podia ser retraído, torna-se estreito ou rígido devido a fatores como infecções, traumas ou cicatrizes na região genital.
Esse tipo de fimose é mais comum em adultos e pode causar desconfortos durante a higiene e as relações sexuais.
O que causa a fimose secundária?
A fimose secundária é causada por alterações no prepúcio que dificultam sua retração após o nascimento. As principais causas incluem:
- Infecções repetidas, como balanites;
- Traumas ou lesões no local;
- Cicatrizes formadas após tratamentos inadequados;
- Tentativas de forçar a retração do prepúcio;
- Doenças dermatológicas que afetam a pele do pênis;
- Alterações inflamatórias crônicas na região genital.
Qual o pior tipo de fimose?
A fimose secundária, assim como a primária, pode ser classificada de acordo com sua gravidade, sendo mais sério o grau 4, no qual a restrição do prepúcio é total e não é possível a retração nem mesmo com o pênis flácido. Esse grau pode causar sérios problemas, como infecções recorrentes e dor intensa durante as ereções.
Conheça os graus de classificação da fimose, de acordo com a dificuldade de exposição da glande:
- Grau 1: o prepúcio pode ser parcialmente retraído, mas ainda é difícil exibir toda a glande.
- Grau 2: a retração do prepúcio é mais difícil, mas ainda possível com esforço.
- Grau 3: o prepúcio não pode ser retraído em condições normais, e há uma restrição significativa.
- Grau 4: a retração é impossível, mesmo com o pênis flácido, o que pode gerar complicações mais graves.
Como a fimose secundária é diagnosticada?
A fimose secundária é diagnosticada por meio da observação dos sintomas e de um exame físico detalhado. O médico avalia a condição do prepúcio, verificando se há dificuldades na retração e observando possíveis sinais de infecção, cicatrização ou aderências.
O diagnóstico geralmente é feito durante uma consulta clínica, na qual o paciente (ou os pais, no caso de crianças e adolescentes) pode ser questionado sobre sintomas como dor, dificuldades para urinar ou histórico de infecções na região.
Como tratar a fimose secundária?
A fimose secundária pode ser tratada de formas conservadoras ou cirúrgicas, dependendo da gravidade da condição e dos sintomas apresentados pelo paciente. Em casos mais leves, pode ser recomendado o uso de pomadas com corticosteróides, que ajudam a reduzir a inflamação e a aumentar a elasticidade do prepúcio. Além disso, exercícios de retração do prepúcio, feitos com orientação médica, podem ser úteis para suavizar a condição.
Quando a fimose secundária é mais grave, com restrição significativa da retração do prepúcio e complicações, como infecções recorrentes ou dificuldades para urinar, a cirurgia pode ser necessária. O procedimento mais comum é a circuncisão, que consiste na remoção parcial ou total do prepúcio.
Quando o tratamento cirúrgico é indicado?
O tratamento cirúrgico para fimose secundária é indicado nos seguintes casos:
- Quando a fimose não responde a tratamentos conservadores, como o uso de cremes ou a realização de exercícios de retração;
- Quando há complicações, como infecções urinárias recorrentes, balanites ou dificuldades para urinar;
- Em casos de parafimose, nos quais o prepúcio fica preso atrás da glande e precisa ser tratado de forma urgente para evitar danos à circulação sanguínea;
- Quando o paciente tem dificuldades significativas durante a higiene íntima ou nas relações sexuais.
Para saber mais sobre o assunto ou tirar suas dúvidas, entre em contato e agende uma consulta com o urologista Dr. Rafael Locali.
Fontes: