A orquidopexia é a cirurgia indicada para correção da criptorquidia, condição em que um ou ambos os testículos não se encontram na bolsa testicular
A orquidopexia no tratamento da criptorquidia é uma intervenção fundamental para reposicionar os testículos que não desceram adequadamente para o escroto durante o desenvolvimento fetal. A realização do procedimento é fundamental para preservar a função testicular e reduzir possíveis impactos à vida reprodutiva.
Além disso, a orquidopexia no tratamento da criptorquidia facilita a realização de exames clínicos no paciente e a detecção precoce de condições como o câncer testicular. O procedimento geralmente é realizado até os 24 meses de idade, para minimizar a possibilidade de futuras complicações. Saiba mais a respeito dessa intervenção a seguir. Acompanhe a leitura!
Quero saber mais sobre a cirurgia de orquidopexia!
O que é a criptorquidia?
Caracterizada pela ausência da descida testicular unilateral ou bilateral, a criptorquidia é uma condição que acomete até 4% dos meninos nascidos a termo. Durante o desenvolvimento fetal, os testículos se formam dentro do abdômen e migram para o escroto ao longo da gestação.
Em alguns casos, porém, ocorre um erro de migração e os testículos não descem para o local adequado. As causas exatas da criptorquidia ainda não foram totalmente desvendadas pela medicina, mas entende-se que a condição pode estar associada a fatores congênitos e adquiridos que podem afetar as etapas de migração testicular.
Quais são os sintomas da criptorquidia?
Em geral, a condição não gera sintomas específicos, além da ausência de testículos à palpação do escroto. A condição não causa dor ou desconforto, embora alguns casos raros possam desencadear sinais de deficiência hormonal associada.
Os principais sinais e sintomas da criptorquidia, portanto, incluem:
- Bolsa testicular vazia;
- Bolsa testicular assimétrica, com um dos lados menor do que o esperado ou com aparência de vazio;
- Testículo não palpável.
Problemas que a criptorquidia não tratada pode trazer
Quando não tratada de maneira adequada, a criptorquidia pode favorecer diversas complicações ao longo da vida, afetando a saúde reprodutiva e aumentando o risco do desenvolvimento de outras condições médicas. Entre os principais problemas associados à condição, estão:
- Infertilidade;
- Hérnias inguinais;
- Maior risco de câncer testicular;
- Problemas hormonais;
- Torção testicular.
Como o diagnóstico da criptorquidia é realizado?
O diagnóstico da alteração é realizado principalmente por meio do exame físico, em que o médico pediatra realiza a palpação do escroto do bebê para verificar se os testículos estão presentes e posicionados adequadamente. Caso um ou ambos os testículos não sejam encontrados, exames adicionais podem ser necessários.
Vale destacar que a palpação do testículo nem sempre é uma avaliação simples, pois muitas vezes há uma falsa impressão de que os testículos estão bem posicionados, quando, na realidade, não estão. Por isso, é fundamental que a criança seja submetida à avaliação de um especialista em urologia pediátrica sempre que houver suspeita de criptorquidia.
Orquidopexia no tratamento da criptorquidia: como é realizada?
A orquidopexia no tratamento da criptorquidia é um procedimento cirúrgico que visa reposicionar o testículo não descido para o escroto e fixá-lo adequadamente. A maneira com que a intervenção é realizada depende da localização do testículo. Acompanhe a leitura e confira cada uma delas a seguir.
Testículo palpável
Quando o testículo é detectável ao exame físico, geralmente na região inguinal, o cirurgião realiza uma incisão nessa área para acessar e liberar o testículo das estruturas adjacentes. Em seguida, cria-se um túnel até o escroto, onde é confeccionada uma bolsa para posicionar e fixar o testículo.
Testículo não palpável
Se o testículo não é detectável ao exame físico, presume-se que esteja no abdômen. Nesse caso, utiliza-se a laparoscopia diagnóstica para localizá-lo. Uma vez identificado, o procedimento para movê-lo ao escroto depende do comprimento dos vasos sanguíneos que o nutrem. Se os vasos forem suficientemente longos, a descida pode ser realizada em um único estágio; caso contrário, o processo é dividido em duas etapas para garantir a viabilidade do testículo.
Em ambos os casos, a orquidopexia no tratamento da criptorquidia é geralmente realizada sob anestesia geral, com duração média de uma hora, e a maioria dos pacientes recebe alta no mesmo dia.
Benefícios da orquidopexia no tratamento da criptorquidia
A orquidopexia no tratamento da criptorquidia oferece diversos benefícios para a saúde masculina. O principal deles é a preservação da função testicular. Isso ocorre porque a bolsa escrotal proporciona um ambiente ideal para o funcionamento testicular, com temperatura ligeiramente menor do que no restante do corpo. O posicionamento adequado da estrutura, portanto, garante a produção hormonal e seminal adequada.
Além disso, a realização da orquidopexia no tratamento da criptorquidia facilita o monitoramento clínico, permitindo a detecção precoce de possíveis alterações, como o câncer testicular. Outro benefício significativo da intervenção é a prevenção de complicações associadas à posição anômala do testículo, como hérnias inguinais e torção testicular.
Recuperação e cuidados pós-operatórios da orquidopexia
A orquidopexia no tratamento da criptorquidia é uma cirurgia que, embora bastante segura, demanda cuidados pós-operatórios específicos para garantir uma recuperação adequada e minimizar riscos associados. Após o procedimento, é fundamental que o paciente repouse, evitando atividades físicas intensas ou movimentos bruscos que possam comprometer a cicatrização.
A higienização da área operada deve ser realizada apenas com água e sabão neutro, mantendo a região seca e limpa. É importante seguir rigorosamente as orientações médicas quanto à administração dos medicamentos prescritos, como analgésicos para controle da dor e, se indicado, antibióticos para prevenir infecções.
Uma vez que a orquidopexia no tratamento da criptorquidia deve ser realizada preferencialmente até os 24 meses de idade, os pais têm um papel essencial nos cuidados operatórios.
Entre em contato e converse com o urologista pediátrico Dr. Rafael Locali.
Fontes: