A recuperação da cirurgia é considerada rápida e tranquila, mas demanda cuidados específicos e acompanhamento médico
A orquidopexia é uma cirurgia realizada para corrigir a posição dos testículos que não desceram adequadamente para o escroto durante o desenvolvimento fetal, condição conhecida como criptorquidia. Esse procedimento é essencial para garantir o desenvolvimento saudável dos testículos, melhorar a função reprodutiva e facilitar exames futuros.
Em geral, a cirurgia é indicada para crianças com até dois anos de idade, mas também pode ser realizada em adolescentes e em adultos quando necessário. O pós-operatório da orquidopexia exige cuidados específicos para garantir a recuperação adequada e minimizar riscos. Saiba mais a respeito dessa etapa a seguir.
Quero saber mais sobre a cirurgia de orquidopexia!
Quando a orquidopexia é indicada?
A orquidopexia é indicada principalmente para casos de criptorquidia, uma condição em que um ou ambos os testículos não descem corretamente para o escroto. Essa é uma condição relativamente comum, podendo afetar até 4% dos recém-nascidos a termo e até 44% dos prematuros.
Outros quadros urológicos que podem ser tratados a partir dessa cirurgia incluem:
- Testículo retrátil — quando o testículo se move para fora do escroto e volta sozinho;
- Testículo ectópico — quando o testículo está localizado fora da sua trajetória normal de descida,
- Torção testicular — condição dolorosa que corta o suprimento de sangue ao testículo, causando danos permanentes.
Conforme foi explicado, a recomendação geral é de que a orquidopexia seja realizada até os 24 meses de idade.
Como a orquidopexia é realizada?
A orquidopexia consiste, basicamente, no posicionamento do testículo no escroto e sua fixação nesse lugar. O procedimento pode ser realizado por diferentes vias de acesso, dependendo da posição em que o testículo esteja. Os acessos inguinal (pela virilha) ou escrotal são utilizados com mais frequência, sendo indicados principalmente para casos de testículos palpáveis.
Quando os testículos não são palpáveis (cerca de 20% dos casos), a intervenção é realizada por via abdominal. Em todos os casos, a orquidopexia é realizada com anestesia geral e preferencialmente por metodologias minimamente invasivas.
Para a execução do procedimento, o especialista faz uma incisão sobre a região em que está o testículo, liberando-o das estruturas que o cercam. Em seguida, a estrutura é levada até o escroto, onde é fixada. Por fim, são feitas suturas na pele para fechar as incisões. O procedimento dura cerca de uma hora, embora esse tempo possa variar dependendo da complexidade do caso.
Como é o pós-operatório da orquidopexia?
O pós-operatório da orquidopexia demanda repouso e acompanhamento médico cuidadoso, embora a recuperação seja considerada tranquila e rápida. Entre os principais cuidados que devem ser adotados, estão:
- Manter a área da incisão limpa e seca;
- Administração adequada dos medicamentos prescritos pelo médico;
- Uso de roupas íntimas adequadas;
- Cuidado com a alimentação, que deve ser equilibrada e saudável para garantir uma cicatrização adequada;
- Comparecimento às consultas de retorno para acompanhamento médico adequado.
Qual o tempo de recuperação da orquidopexia?
O tempo médio de recuperação da cirurgia pode variar de acordo com a idade do paciente e o tipo de procedimento realizado. Em geral, a maioria das crianças pode retomar as atividades normais em aproximadamente uma ou duas semanas, mas alguns cuidados do pós-operatório da orquidopexia podem ser estendidos por até um mês.
Cuidados que os pais precisam tomar após a orquidopexia
Uma vez que a cirurgia deve ser idealmente realizada até os 24 meses de idade, os pais têm um papel fundamental no pós-operatório da orquidopexia. Cabe aos adultos responsáveis a tarefa e a responsabilidade de garantir que todas as orientações médicas sejam seguidas adequadamente, acompanhando e promovendo a recuperação da criança.
Possíveis riscos e complicações da orquidopexia
Por mais que a intervenção seja considerada segura, assim como em qualquer procedimento cirúrgico, a orquidopexia envolve riscos e possíveis complicações, como:
- Infecção;
- Formação de hematomas;
- Sangramento excessivo;
- Dano aos vasos sanguíneos, aos nervos ou ao ducto deferente;
- Recidiva da criptorquidia.
A atenção aos cuidados no pós-operatório da orquidopexia, assim como a escolha de um profissional experiente, é fundamental para minimizar esses riscos associados à cirurgia.
Qual médico realiza a orquidopexia?
Essa intervenção deve ser realizada por um urologista infantil, que é o médico-cirurgião especializado no tratamento de condições urológicas em crianças. Esse profissional possui formação e experiência necessárias para diagnosticar e tratar anomalias dos testículos e vias urinárias, assim como passar todas as recomendações referentes ao pós-operatório da orquidopexia.
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Fontes: