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Avaliação metabólica na detecção de cálculos renais

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Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

8 abril, 2024

Compreender os fatores individuais que aumentam a predisposição de formar cálculos renais é importante para a prevenção de novos episódios

Dentre os fatores de risco que se relacionam com o desenvolvimento de cálculos renais (nefrolitiíase) estão a idade, o sexo, o sedentarismo, doenças crônicas e fatores metabólicos, como secreção de hormônios, pH urinário, concentração urinária e sanguínea de íons e sais e outros indicativos. Assim, a partir de uma avaliação metabólica laboratorial é possível identificar os pacientes que apresentam maior predisposição a desenvolver cálculos e também detectar precocemente as alterações que levarão a esse desfecho, permitindo uma abordagem médica precoce.

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Avaliação metabólica pode revolucionar a detecção de cálculos renais, proporcionando diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes!

Para que serve a avaliação metabólica?

Através da avaliação metabólica é possível identificar desequilíbrios que aumentam o risco de formação de cálculos renais, principalmente através da análise de urina e do sangue. A indicação é de que todos os pacientes que tiveram ao menos um quadro de nefrolitíase passem por uma avaliação metabólica após a resolução completa do quadro para reduzir a possibilidade de recorrências.

Como a avaliação metabólica é realizada?

A avaliação metabólica para cálculos renais envolve a coleta de amostras de urina e de sangue para análise laboratorial da concentração de substâncias diversas. Essa avaliação permite identificar desequilíbrios metabólicos que contribuem para a formação de cálculos renais e orientar o paciente quanto à prevenção de novos quadros.

Dentre as alterações encontradas na avaliação metabólica que mais se relacionam à formação dos cálculos renais estão:

  • Excesso de cálcio, ácido úrico e oxalato na urina;
  • Baixo volume urinário;
  • Infecções de trato urinário;
  • Baixas concentrações de citrato na urina (hipocitratúria);
  • Hiperparatireoidismo.

Vale destacar, ainda, que se tem notado diferenças na avaliação metabólica de mulheres e homens. Enquanto nas mulheres a alteração mais frequentemente encontrada foi infecção de urina, nos homens há predomínio de excesso de cálcio e de ácido úrico.

Como ela se aplica à saúde renal?

Ao detectar desequilíbrios metabólicos associados à formação de cálculos renais, a avaliação metabólica permite criar estratégias de prevenção e tratamento de cálculo renal personalizadas, como mudanças na dieta, suplementação e outras intervenções para corrigir os desequilíbrios identificados. Afinal, além da dor causada pelos cálculos, em muitas situações eles podem aumentar de tamanho e gerar lesões nos rins, bem como causar obstruções e infecção do trato urinário.

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Importância da avaliação metabólica na detecção de cálculos renais

Os cálculos renais acometem de 5% a 10% da população, sendo cerca de duas vezes mais comum em homens. Além disso, estima-se que até 15% da população mundial sofrerá com um cálculo renal ao menos uma vez na vida, sendo que mais da metade terão recorrência do quadro em até 10 anos.

Portanto, a avaliação metabólica ajuda a detectar precocemente os pacientes com maior risco de desenvolver cálculos renais recorrentes, permitindo iniciar um tratamento preventivo para evitar o quadro doloroso da cólica renal e suas complicações.

Como a avaliação metabólica ajuda a diferenciar os tipos de cálculos renais?

Compreender os aspectos metabólicos de cada paciente é uma forma de avaliar os fatores de risco para desenvolver cálculos nos rins, uma condição influenciada pelo pH urinário, presença de bactérias na urina e saturação de cristais urinários. Assim, uma análise detalhada dos componentes da urina através da avaliação metabólica – como concentração de cálcio, ácido úrico, oxalato e outros elementos – ajuda a identificar se há maior ou menor predisposição a formar os cálculos mais prevalentes, que são:

  • Oxalato de cálcio;
  • Fosfato de cálcio;
  • Fosfato amônio magnésio (estruvita);
  • Ácido úrico;
  • Cistina.

Assim, pacientes com cálcio urinário elevado, por exemplo, podem ter indicação de utilizar medicamento diurético para reduzir o risco de formar cálculos de cálcio, enquanto pacientes com pouco citrato na urina podem se beneficiar da reposição dessa substância. Da mesma forma, um exame de urina que indique pouco volume urinário é motivo para orientar o paciente a ingerir maior quantidade de água.

Ou seja, com a avaliação metabólica o urologista consegue compreender as alterações do organismo do paciente para iniciar medidas de prevenção à formação de novos cálculos.

Fontes:

Hospital Israelita Albert Einstein

Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)

Dr. Rafal Locali
Dr. Rafael Fagionato Locali
Urologista
CRM 133874
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