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Cirurgia robótica urológica em crianças

Método pouco invasivo, pode oferecer diversas vantagens ao paciente pediátrico, tais como menor tempo de internação e desconfortos reduzidos

A cirurgia robótica urológica em crianças tem, cada vez mais, se estabelecido como uma excelente opção para o tratamento de doenças e alterações tanto de ordem urológica como em outros segmentos da medicina. Este tipo de intervenção possui caráter minimamente invasivo e, como tal, tem como principais vantagens a possibilidade de recuperação mais rápida e menos dolorosa.

A cirurgia robótica urológica em crianças pode ser feita por meio de incisões parecidas com as de videolaparoscopia (de 0,5cm a 0,8 cm) ou a partir de orifícios naturais, podendo ser aplicada em diversos casos e situações. Para isso, são necessários instrumentais especiais adaptados para o bebê ou criança. Para saber qual procedimento pode ser realizado total ou parcialmente com auxílio de um robô, a criança deve ser avaliada por um médico cirurgião habilitado, trazendo inúmeros benefícios ao paciente. Entenda melhor a seguir!

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O que é a cirurgia robótica?

Como o nome sugere, a cirurgia robótica é uma intervenção realizada com auxílio de um robô manipulado por um cirurgião especializado. Trata-se de um dos maiores avanços recentes da medicina, na qual um robô segura os instrumentos cirúrgicos e a câmera que permite ao médico enxergar o interior do corpo do paciente em 3D (três dimensões), sem que seja necessário realizar grandes e profundas incisões.

Tanto os instrumentos cirúrgicos como a câmera de alta resolução são inseridos no paciente através de pequenas incisões de 0,5 a 0,8 cm e controlados pelo cirurgião por meio de um console que permite visualizar as estruturas internas do organismo e conta com controles que fazem com os braços do robô mimetizem, de maneira precisa e delicada, os movimentos do cirurgião. Esse fato, aliado à visualização 3D das estruturas, faz com que essa técnica seja superior à laparoscopia tradicional para o tratamento de doenças complexas.

Mesmo controlando o robô, o cirurgião fica ao lado do paciente na sala cirúrgica, juntamente com o anestesista. Além desses dois profissionais, os cirurgiões auxiliares e instrumentador ficam em campo, para auxiliar na cirurgia. Todos têm um papel fundamental para garantir a segurança do paciente e o sucesso do tratamento cirúrgico.

O que é a cirurgia robótica?

Esta é uma abordagem que possui diversas vantagens em comparação à cirurgia convencional (aberta) ou à intervenção por videolaparoscopia, tais como:

  • Menos invasiva, possibilitando cortes menores e deixando cicatriz mais discreta;
  • Menor sangramento e dor;
  • Redução dos riscos de infecção;
  • Menor tempo de internação;
  • Recuperação mais rápida do paciente;
  • Mais precisão no procedimento, especialmente quando a intervenção é realizada em regiões de difícil acesso — como a pelve.

Do ponto de vista do cirurgião, este tipo de procedimento também é mais ergonômico, uma vez que permite que o especialista fique em posição mais confortável. Vale lembrar, entretanto, que não são em todos os casos que esta é a melhor via de acesso a ser aplicada, cabendo uma avaliação criteriosa do cirurgião para indicação do procedimento mais adequado para cada caso.

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Cirurgia robótica na urologia: como é utilizada?

A urologia está entre as especialidades médicas que mais se beneficia da cirurgia robótica, oferecendo todas as vantagens citadas acima e possibilitando a realização de diversos tratamentos. Tumores de próstata, bem como doenças dos rins, bexiga e qualquer outra estrutura do aparelho urinário podem ser tratados a partir desta técnica, que é a primeira opção de tratamento sempre que possível.

No âmbito da uropediatria, a cirurgia robótica urológica em crianças destaca-se como uma excelente alternativa justamente por causa de seus da sua precisão e delicadeza. Em geral, os pacientes mais jovens têm menos paciência para se submeter a longos períodos de internação e cuidados pós-operatórios prolongados, o que pode comprometer a recuperação. Por meio da metodologia minimamente invasiva, é possível minimizar esses problemas pós-operatórios.

Quando um determinado problema urológico demanda a realização de um procedimento reconstrutivo mais complexo, a cirurgia robótica urológica em crianças também pode ser uma ótima alternativa justamente por possibilitar a execução de movimentos finos e delicados de maneira precisa. Dessa forma, é possível causar traumas mínimos aos tecidos manipulados no procedimento.

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Quando a cirurgia robótica urológica é indicada?

Nem todas as cirurgias têm indicação para serem feitas por técnicas minimamente invasivas, principalmente os casos de tumores aderidos ou que envolvam grandes vasos ou estruturas nervosas. Mas, por outro lado, a cirurgia robótica em crianças é a via de acesso preferencial para alguns tratamentos urológicos, tais como:

  • Pieloplastia;
  • Reimplante ureteral para correção de refluxo vesicoureteral;
  • Nefrectomias parciais ou radicais;
  • Anastomoses uretero-ureterais;
  • Remoção de tumores do trato urinário. 

Enquanto nos métodos tradicionais de cirurgia aberta há maior risco de sangramento, contaminação do campo cirúrgico, pós-operatório com mais dor e recuperação mais lenta, a cirurgia robótica em crianças permite mais controle da área manipulada, além das câmeras aumentarem a imagem sem perder definição, garantindo melhor visualização de todo o procedimento do que nas cirurgias abertas.

Cirurgia robótica em crianças: vantagens

Quando realizada em crianças, a cirurgia robótica precisa ser adaptada às dimensões reduzidas do paciente e cuidadosa no que diz respeito às suas necessidades e características fisiológicas. É necessário, portanto, maior treinamento e especialização por parte da equipe cirúrgica, bem como atenção redobrada.

Cirurgia robótica em crianças: vantagens

A cirurgia robótica urológica em crianças é menos invasiva, possibilitando alta hospitalar em menos tempo e recuperação pós-operatória mais rápida, com menos dor, cicatrizes cirúrgicas mais estéticas, menores chances de complicação, sangramento minimizado e menor risco de desenvolvimento de hérnias incisionais. Além disso, uma das grandes vantagens da cirurgia robótica em crianças é facilitar a cirurgia pela ampliação das pequenas estruturas do bebê ou criança pela câmera de alta resolução do robô. Por se tratar de estruturas bem menores e delicadas os movimentos precisos do robô auxiliam na eficácia da cirurgia.

Todos esses fatores fazem com que o uso da cirurgia robótica urológica em crianças seja um procedimento mais seguro no geral, mas há a desvantagem de que, às vezes, nem todos os custos do robô são cobertos pelos planos de saúde. A depender do plano de saúde do paciente e do hospital em que o procedimento é realizado, esses custos são absorvidos pelo hospital sem custos adicionais ao paciente.

Riscos associados ao procedimento

Todo tipo de intervenção médica envolve riscos, e com a cirurgia robótica urológica em crianças não é diferente, por mais que ela seja bastante segura e precisa. As principais complicações dizem respeito a lesões nos tecidos e órgãos, sangramentos, riscos de infecção e intercorrências que podem levar à necessidade de partir para uma cirurgia aberta convencional.

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Uropediatria: principais indicações da cirurgia robótica para crianças

A cirurgia robótica pode ser empregada para o tratamento de diversas doenças que afetam o sistema urinário. Algumas das principais são:

  • Pieloplastia para tratamento de estenose de junção ureteropiélica (JUP);
  • Nefrectomia parcial (remoção parcial do rim) em casos de cistos renais complexos, tumores ou unidade renal não funcionante;
  • Nefrectomia total (remoção total do rim);
  • Reimplante ureteral para casos de refluxo vesicoureteral;
  • Pielolitotomia (abertura da pelve renal para retirada de pedras);
  • Reconstrução do fluxo urinário nos casos de doenças associadas à duplicidade ureteral

Como é realizada a cirurgia?

Para a realização do procedimento são necessárias entre três e cinco pequenas incisões, por onde são inseridas delicadas pinças cirúrgicas e uma pequena câmera, com grande poder de aumento. O médico cirurgião controla o robô de dentro da sala cirúrgica e conta com uma equipe auxiliar, com enfermeira, técnica de enfermagem, cirurgiões auxiliares, instrumentador e anestesista, para zelar pelos demais detalhes da cirurgia e estado geral do paciente.

O robô utilizado no procedimento reproduz os movimentos das mãos do cirurgião, garantindo precisão, delicadeza e ampla liberdade de execução. A câmera utilizada na intervenção também é controlada pelo especialista, que tem acesso a uma visão 3D e ampliada dos órgãos internos envolvidos na cirurgia robótica. Dessa forma, é possível ter o máximo de controle e precisão ao longo de todo o procedimento.

Para saber mais sobre a cirurgia robótica em crianças, tirar suas dúvidas sobre este tipo de técnica e entender em quais casos ela pode ser indicada, entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Rafael Locali.

Fontes:

Rede D’Or São Luiz
A. Camargo Cancer Center
Hospital Sírio Libanês
Instituto de Cirurgia Robótica

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