A disfunção erétil é a incapacidade do homem de obter e/ou manter uma ereção peniana suficiente para uma atividade sexual satisfatória e feliz!
Ela pode ser diagnosticada em diversas fases da vida, mas o problema aparece com mais recorrência na população mais madura.
A disfunção erétil prejudica a qualidade de vida dos casais, provoca perda de autoestima e autoconfiança do paciente e causa problemas interpessoais, inclusive com a parceira.
Índice
Mas como descobrir se tenho esse problema?
Para diagnosticar a disfunção erétil diversos fatores precisam ser analisados pelo médico urologista, no entanto, os principais sinais observados nos pacientes, são:
- Diminuição da intensidade da ereção;
- Dificuldade de ter e sustentar a ereção;
- Diminuição da libido
Causas da Disfunção Erétil
Essa disfunção pode estar associada a diversos fatores de risco e/ou doenças que, comprovadamente, afetam o bom funcionamento da ereção peniana e/ou da libido.
Veja a seguir o quadro ilustrativo que mostra, algumas causas observadas nos pacientes:
Estes fatores podem ser divididos entre:
Causas Neurológicas
Lesões do sistema nervoso central e periférico, como acidentes vasculares cerebrais, esclerose múltipla, traumatismos raquimedulares, neuropatia diabética podem provocar disfunção erétil.
Cirurgias coloproctológicas e cirurgias pélvicas também podem ser potenciais agravantes e/ou determinantes na piora da qualidade das ereções penianas, em especial a cirurgia para tratamento do câncer de próstata.
Causas Vasculares
Os fatores de risco para doenças aterosclerótica coronariana também são determinantes para o diagnóstico de disfunção erétil. Dessa forma, tabagismo, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemias, sedentarismo e obesidade representam risco maior de prejuízo à ereção. Essa relação é tão forte que existem estudos que mostram que a disfunção erétil antecede em 4 anos um evento coronariano, em pacientes que esses fatores de risco não controlados.
Causas Endócrinas
Segundo alguns estudos o diabetes está intimamente relacionado à disfunção éretil. Aproximadamente 75% dos homens que apresentam diagnóstico de diabetes mellitus têm problemas de ereção. Essa disfunção aparece entre 5 a 10 anos antes nos homens com diabetes em comparação com a população não diabética.
Além disso, a diminuição da testosterona, seja por insuficiência testicular ou por déficit de estímulo à produção, conhecido como HIPOGONADISMO também é uma causa bem comum de disfunção erétil
Sedentarismo
O sedentarismo, também apresenta relação com problemas de disfunção erétil. Quando um paciente com disfunção erétil e sedentário adota uma atividade física regular, a taxa da doença cai para 9% ao contrário do grupo que permanece sedentário, representando uma taxa de 30% dos casos.
Medicamentos
Medicamentos também podem exercer influência sobre a qualidade da ereção. Os grupos que mais apresentam relação com a disfunção erétil são alguns tipos de anti-hipertensivos e diuréticos, drogas de ação no sistema nervoso central, como alguns tipos de antidepressivos, antipsicóticos, anticonvulsivantes, drogas utilizadas no tratamento de dislipidemias e bloqueadores androgênicos.
Diagnóstico
O diagnóstico correto baseia-se na queixa e em todos as possíveis causas envolvidas. Sempre digo aos pacientes que não existe uma causa isolada, mas sim uma somatória de “pequenas” causas, de maneira que é o conjunto delas que faz surgir o problema. Por isso, é necessário procurar um médico de sua confiança para fazer uma avaliação criteriosa e humanizada sobre os principais sintomas.
O ponto mais importante desse diagnóstico é a história clínica do paciente, na qual devem ser investigados os possíveis fatores de risco associados com a piora da ereção, principalmente os relacionados aos as doenças cardiovasculares e ao diabetes.
Os medicamentos que o paciente faz uso também é um ponto que deve ser tratado com cautela.
Além disso, são critérios para diagnóstico:
- Duração superior a seis meses, persistente ou recorrentemente
- Presença de sofrimento ou desconforto
- Dificuldades interpessoais.
O ambiente familiar, profissional, psicossocial e religioso também é um ponto importante nesta primeira avaliação.
São levados em conta também a insatisfação ou o desconforto da mulher e/ou do (a) seu (sua) parceiro (a).
É importante deixar claro que as falhas eventuais, como preocupações ou excesso de trabalho, não definem um quadro disfuncional.
Exames Laboratoriais
O exame físico também é muito importante no diagnóstico de disfunção erétil. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, os exames para investigação inicial dessa doença, devem ser:
- Exame Hematológico;
- Glicemia de Jejum;
- Testosterona Total e Livre;
- Perfil Lipídico.
Em alguns casos, alguns exames adicionais podem complementar o diagnóstico, são eles:
- Teste de ereção fármaco-induzida;
- Ecodoppler Peniano com ereção fármaco-induzida
Quando é hora de procurar ajuda médica?
Um especialista deve ser procurado sempre que a vida sexual for prejudicada por distúrbios frequentes, por exemplo: se o homem sente dificuldade em sustentar uma relação sexual porque o pênis volta rapidamente à flacidez ou nem consegue ficar rígido; se ele ejacula por poucos segundos ou antes da penetração; se o apetite sexual caiu ou desapareceu por completo e até se a parceira não se sente satisfeita com seu desempenho.
No entanto, o número de pacientes que apresenta disfunção erétIl é muito maior do que pensamos, pois muitos não procuram ajuda. As razões para esta “fuga do consultório” variam desde a complexidade da sexualidade, os tabus, as restrições culturais e machistas, a ignorância em relação aos tratamentos e até a aceitação de que este problema é uma consequência normal do amadurecimento.
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Abs! Dr. Rafael F. Locali | Urologista | CRM 133874
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