Problemas na ereção são uma das maiores preocupações dos homens, que se sentem constrangidos e desconfortáveis em falar dessa situação até mesmo com os médicos. Esse distúrbio pode ocorrer tanto por causas psicológicas e emocionais quanto por disfunções físicas. Há também patologias que acometem o pênis e atrapalham o ato sexual, como no caso da doença de Peyronie.
A característica principal da doença de Peyronie é a formação de uma placa fibrótica ou de um nódulo na túnica albugínea, uma estrutura que envolve os corpos cavernosos. Essa placa compromete a elasticidade local da túnica albugínea, impedindo que se expanda de forma normal, o que acaba causando uma curvatura do pênis durante a ereção.
A doença geralmente se manifesta depois dos 50 anos, mas também pode acometer homens mais novos. As causas não estão definidas, mas pequenos traumas que ocorrem durante a relação sexual podem gerar cicatrizes que interferem na ereção.
A presença de nódulo palpável ou não, associada a dor e a curvatura do pênis na ereção são sintomas da doença, cujo diagnóstico é clínico e deve ser feito rapidamente para que o tratamento apresente mais resultados.
Em cerca de 20% dos casos, a placa desaparece sozinha, sem tratamento, em até dois anos. Quando o problema persiste, medicamentos que interferem no metabolismo das células produtoras da fibrose podem ajudar, mas os resultados desse tratamento não são muito bons. Caso nada faço efeito e a alteração esteja prejudicando a atividade sexual e a qualidade de vida, é necessária intervenção cirúrgica, que é rápida e com recuperação muito boa. A doença de Peyronie é benigna e não representa riscos à saúde.
Dr. Rafael F. Locali | Urologista | CRM 133874
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