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Duplicidade piélica: causas, sintomas e tratamento

Imagem ilustrativa da pelve renal
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

16 maio, 2023

Alteração morfológica muito comum no trato urinário, a duplicidade da pelve renal pode causar complicações

A duplicidade piélica ou pielocalicial é uma alteração anatômica do sistema urinário, caracterizada por uma “divisão” da pelve renal, a região do rim que recebe a urina produzida pelos glomérulos e que a envia para a bexiga através dos ureteres. Esse quadro é considerado a malformação congênita mais comum do trato urinário, com incidência de 1% entre os nascidos vivos, afetando principalmente as meninas. Além disso, em 83 a 90% dos casos há acometimento unilateral, ou seja, de apenas um rim.

Porém, apesar de ser uma condição muito comum e presente desde o nascimento, a duplicidade piélica em si não causa sintomas, mas predispõe o paciente a um risco aumentado de infecções urinárias e cálculos renais. Portanto, pessoas com esse diagnóstico precisam de acompanhamento periódico com urologista, bem como tomar alguns cuidados extras para evitar complicações e internações.

Causas da duplicidade piélica

A causa exata dessa condição não é completamente compreendida, mas acredita-se que seja o resultado de uma falha durante a fase embrionária do desenvolvimento do sistema urinário, que se inicia cerca de quatro semanas após a concepção.

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Sintomas da duplicidade piélica

A duplicidade piélica, em geral, não apresenta sintomas, uma vez que a urina é recebida pelas pelves e “drenada” para a bexiga da mesma forma que ocorre em pacientes sem essa condição.

No entanto, dependendo do grau de divisão da pelve, pode haver uma diminuição na velocidade desse processo e um consequente acúmulo de urina nos rins. Isso aumenta a probabilidade de proliferação dos agentes microbianos, podendo levar a uma infecção urinária.

Assim, os sintomas mais importantes e que devem ser valorizados no paciente com esse quadro são aqueles que podem indicar complicações, como:

  • Dor abdominal;
  • Sangue na urina;
  • Dor para urinar;
  • Aumento da frequência miccional e diminuição do fluxo;
  • Pressão alta.

Diagnóstico da duplicidade piélica

O diagnóstico da duplicidade piélica geralmente é feito por  meio de exames de imagem, como a ultrassonografia, a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM). Porém, é comum que as crianças tenham um diagnóstico de alteração morfológica renal antes mesmo do nascimento por meio do ultrassom realizado no período neonatal.

Assim, ao nascer, esses pacientes já fazem os exames diagnósticos necessários para identificar as alterações da duplicidade piélica, que pode ser uni ou bilateral.

Também fazem parte da investigação de alterações renais morfológicas a uretrocistografia retrógrada, que permite avaliar se há refluxo miccional da bexiga para os rins; e a cintilografia de vias urinárias, que identifica lesões crônicas como cicatrizes renais.

Tratamento da duplicidade piélica

Os pacientes diagnosticados com duplicidade piélica não precisam de nenhum tratamento específico para a alteração morfológica, mas devem ter acompanhamento clínico regular com o urologista pediátrico. Em alguns casos, a terapia profilática com antibióticos deve ser realizada para evitar a ocorrência de infecções urinárias de repetição que aumentam as probabilidades de infecção generalizada e que podem causar perda de função renal a médio e longo prazo.

Porém, nos casos em que as infecções são excessivamente recorrentes e com outras condições associadas, como refluxo vesicoureteral ou hidronefrose, pode haver indicação cirúrgica para melhorar a anatomia do trato urinário e diminuir as complicações.

Ou seja, o tratamento para a duplicidade piélica depende da morfologia das vias urinárias de cada paciente e da existência de outras condições clínicas, de forma que a abordagem deve ser individualizada.

Cuidados e recomendações pós-tratamento

Após o tratamento da duplicidade piélica, é primordial manter um acompanhamento com o urologista pediátrico a fim de evitar complicações e garantir uma recuperação adequada quando a cirurgia se fez necessária. Algumas das recomendações incluem:

  • Manter-se hidratado, com alto consumo diário de água;
  • Ter uma dieta saudável, preferencialmente evitando alimentos picantes ou ácidos;
  • Realizar higiene adequada da área genital para evitar infecções urinárias;
  • Evitar reter urina por mais que três horas;
  • Realizar seguimento regular com o uropediatra;
  • Buscar atendimento médico imediatamente se notar sinais infecciosos, febre ou sangue na urina.

Tire dúvidas ou marque sua consulta para saber mais a respeito com o Urologista Dr. Rafael Locali. 

Fontes:

Sociedade Brasileira de Pediatria

Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem

Dr. Rafal Locali
Dr. Rafael Fagionato Locali
Urologista
CRM 133874
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