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Excesso de proteína pode prejudicar os rins?

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Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

8 abril, 2024

Dietas desbalanceadas e com excesso de proteína podem afetar a função dos rins

As dietas hiperproteicas têm se tornado cada vez mais populares entre pessoas que fazem exercício físico e que desejam aumentar o percentual corporal de massa muscular, mas é importante lembrar que o excesso de proteína pode, sim, sobrecarregar os rins e causar distúrbios metabólicos graves.

Assim, esse tipo de dieta, que consiste em consumir mais de 1 grama de proteína por kg por dia, pode comprometer a função renal de indivíduos que já tenham doença renal crônica (DRC) ou que tenham fatores de risco aumentados para esse desfecho.

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O que é e para que servem as proteínas?

As proteínas são macronutrientes essenciais para o corpo humano, pois participam da formação de moléculas fundamentais para a vida, como hormônios, enzimas e até mesmo as fitas de DNA. Além disso, as proteínas correspondem a cerca de 20% da massa muscular de um indivíduo, e por isso muitas pessoas que fazem exercícios físicos optam por uma dieta com excesso de proteína para estimular o crescimento dos músculos.

Quando o consumo em excesso de proteína é um problema?

Embora as proteínas sejam fundamentais para a manutenção da vida, seu consumo excessivo pode sobrecarregar os rins, especialmente em indivíduos com predisposição a problemas renais, tais como:

  • Hipertensão arterial;
  • Diabetes;
  • Rim único;
  • Síndrome nefrótica;
  • Consumo de anabolizantes;
  • Cálculos renais de repetição.

Portanto, qualquer alteração dietética deve sempre ser instruída por um profissional, como o nutricionista, que vai avaliar as comorbidades de cada paciente, suas metas e objetivos estéticos e prescrever uma dieta voltada ao ganho de massa muscular, porém sem o excesso de proteína em níveis prejudicais.

O excesso de proteína pode prejudicar os rins?

Diversos estudos já demonstraram uma relação entre o excesso de proteína e a perda de função renal, porém esse dano é mais estabelecido em pessoas com predisposição a ter doença renal. Assim, em indivíduos saudáveis, com dois rins e sem doenças crônicas ou genéticas que causem alterações metabólicas, o consumo aumentado desse macronutriente não se mostrou danoso para os rins.

Porém, muitas pessoas que julgam não ter doença renal iniciam com a dieta hiperproteica e só depois descobrem uma perda de função dos rins decorrente de alguma condição médica prévia não conhecida. Por isso, é tão importante reforçar que qualquer pessoa deve procurar orientação profissional com um urologista antes de alterar sua dieta, principalmente se houver uma ingesta em excesso de proteína.

Dentre os principais prejuízos renais associados ao consumo proteico estão:

  • Diminuição da filtração;
  • Progressão da DRC;
  • Menor perfusão sanguínea para os rins;
  • Desidratação;
  • Gota;
  • Perda de cálcio e desmineralização óssea;
  • Maior predisposição a pedras nos rins.
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Quais são os alimentos ricos em proteínas?

Alimentos ricos em proteínas podem ser de origem animal ou vegetal, e incluem:

  • Carne vermelha, de frango ou suína;
  • Peixe;
  • Ovo;
  • Leite e seus derivados;
  • Aveia;
  • Feijão;
  • Amêndoas e castanha de caju.

Ou seja, com uma dieta padrão e equilibrada, é possível obter a quantidade diária necessária de proteínas sem precisar de suplementos.

Como consumir corretamente as proteínas?

Para evitar o excesso de proteína e seus malefícios aos rins, é fundamental manter uma dieta equilibrada, ou seja, ingerir proteínas, mas também carboidratos, gorduras, minerais e vitaminas. Além disso, cada pessoa pode ter uma indicação de consumir percentuais diferentes de cada nutriente, a depender do sexo, idade, atividade física, peso, comorbidades e outras particularidades.

Portanto, para iniciar uma dieta hiperproteica é preciso, primeiramente, conhecer seus rins, o que deve ser feito em consulta médica com um urologista através de exame físico e exames complementares, como sangue     , urina e até mesmo ultrassom ou outras técnicas de visualização das vias urinárias. Dessa forma, alterações anatômicas desconhecidas ou metabólicas que implicam em maior predisposição à DRC podem vir à tona.

Fontes:

Universidade Federal da Paraíba

Revista Research, Society and Development

Dr. Rafal Locali
Dr. Rafael Fagionato Locali
Urologista
CRM 133874
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