O tratamento da extrofia da bexiga inclui procedimentos cirúrgicos e um acompanhamento cuidadoso
O sistema urinário humano é um complexo de órgãos e estruturas responsáveis pela produção, armazenamento e eliminação da urina. Ou seja, enquanto os rins atuam no controle ácido-base do sangue, regulação de eletrólitos, produção hormonal, controle pressórico e produção de urina, a bexiga, ureteres e uretra são responsáveis pela condução, armazenamento e eliminação da urina produzida pelos rins.
Portanto, qualquer disfunção ou alteração anatômica nesse sistema, tal como a extrofia da bexiga, pode gerar importantes repercussões para a vida do paciente e seus familiares. Nesse sentido, é importante também contar com um profissional que se preocupa em acalmar os pais, em conhecer a família e dar todo o suporte necessário desde o momento do diagnóstico.
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Índice
O que é a extrofia da bexiga?
A extrofia da bexiga ou extrofia vesical, é uma malformação congênita rara, que ocorre aproximadamente em 1 a cada 50.000 nascimentos, acometendo duas vezes mais meninos que meninas. Nessa condição, não ocorre o fechamento da bexiga, uretra e parede abdominal inferior, na linha média, de maneira que, ao nascimento, essas estruturas estão expostas (figura 1):
Fatores de risco da extrofia da bexiga
Não são reconhecidos os fatores de risco diretamente associados à extrofia da bexiga, mas alguns estudos indicam que a condição é mais comum em crianças do sexo masculino e parece estar relacionada à idade avançada dos pais. Outro fator que foi relacionado ao quadro é a inadequada suplementação pré-concepcional de ácido fólico.
Principais sinais e sintomas
Os sinais e sintomas de extrofia da bexiga são bastante evidentes ao nascimento e incluem:
- Bexiga exposta e visível na parte externa do abdome;
- Epispádia, uma malformação da uretra que resulta em uma abertura na parte superior do pênis;
- Dificuldade em controlar a urina;
- Infecções urinárias recorrentes devido à exposição da bexiga;
- Anormalidades ósseas, como abertura da pelve e rotação da perna.
Possíveis complicações da extrofia da bexiga
A extrofia da bexiga ou extrofia vesical pode levar a várias complicações se não for tratada adequadamente, sendo que algumas delas incluem:
- Infecções urinárias que aumentam o risco de infecção de corrente sanguínea;
- Problemas renais devido à dificuldade de escoamento da urina;
- Problemas psicológicos e emocionais devido à aparência física e aos problemas de continência;
- Dificuldades na função sexual e reprodutiva.
Como o diagnóstico é realizado?
O diagnóstico da extrofia da bexiga pode ser realizado após a 20ª semana da gestação através do ultrassom morfológico. Nesses casos, o exame mostrará parâmetros fetais e de líquido amniótico normais, mas uma avaliação cuidadosa da imagem pode revelar alterações na região abdominal e da bexiga do feto.
Assim, a identificação precoce de extrofia da bexiga ainda no período intrauterino é importante para que os pais possam planejar o tratamento e saibam o que esperar após o nascimento. Além disso, sabendo do diagnóstico é possível programar o parto em um centro médico com recursos adequados e equipe médica especializada para realizar intervenções necessárias logo após o nascimento.
Como é o tratamento da extrofia da bexiga?
O tratamento da extrofia da bexiga geralmente envolve múltiplas intervenções cirúrgicas ao longo da infância. O objetivo é reconstruir a bexiga e os órgãos genitais dentro da pelve, além de corrigir as anomalias da parede abdominal e melhorar o controle urinário.
Porém, a abordagem deve ser individualizada para cada paciente, levando em consideração diversos fatores, como o contexto familiar, a expectativa dos pais e seu entendimento sobre a condição. Assim, o uropediatra deve orientar e conversar com os responsáveis sobre o tipo de procedimento mais adequado, a quantidade de abordagens programadas e todas as etapas do tratamento.
Por isso, o profissional escolhido para cuidar e tratar do paciente com extrofia da bexiga deve ser um urologista pediátrico especializado, experiente na área e que se preocupe com o resultado estético. Afinal, a técnica cirúrgica e o uso de materiais adequados (incluindo fios de sutura delicados) são fatores que podem fazer a diferença na vida do paciente.
Ou seja, a extrofia da bexiga ou extrofia vesical é uma condição urológica complexa e que deve ser tratada por um especialista que domine as técnicas cirúrgicas e que esteja preparado para acompanhar o paciente e lidar com todas as dúvidas e angústias dos pais.
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Fontes:
Livro Urologia Fundamental