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Hipospádia – Você sabe o que é?

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

10 abril, 2019

Muitas mães quando recebem o diagnóstico de Hipospádia, ainda na maternidade, acabam ficando muito inseguras e chegam no meu consultório com muitas dúvidas e medos.

Para tentar amenizar essas dúvidas, resolvi criar esse post. Veja com detalhes como essa doença é a diagnosticada e tratada!!

Hipospádia

A hipospádia é uma malformação congênita que acontece com os meninos e meninas, mas é muito mais comum em meninos. Ela é caracteriza por uma abertura anormal da uretra, em um local por baixo do pênis ao invés da ponta. Além disso, várias outras malformações podem estar associadas à hipospádia.

Esta condição tem cura, mas seu tratamento deve ser realizado, preferencialmente, antes dos 2 primeiros anos de vida, por meio de cirurgia, com o objetivo de corrigir o local de abertura da uretra e todas as outras malformações associadas.

Sintomas

Os sintomas da hipospádia variam de acordo com o problema de cada menino, mas geralmente incluem:

– Excesso de pele no dorso do pênis, o que chamamos de capuxão

– Abertura da uretra em posição inadequada, geralmente com a glande fendida

– Curvatura peniana

– Base do pênis localizada no escroto, conhecido como transposição peno-escrotal

– Durante a micção o jato não é único, semelhante a um “chuveirinho” fazendo com que a criança molhe a roupa e tenha que urinar sentado

Quando a criança apresenta estes sintomas, o recomendado é consultar um especialista para fazer o diagnóstico e realizar o tratamento correto.

Hipospádia na criança

Algumas vezes, as criancinhas, tanto meninos quanto meninas, podem nascer com essa abertura fora do lugar correto, e é muito mais comum nos meninos.

Nos casos mais graves, essa abertura se localiza no períneo, logo abaixo do escroto. No entanto, também pode estar localizada no próprio escroto, base ou corpo do pênis, ou até na própria glande, mas um pouco abaixo do local correto.

É interessante observar que essa condição, normalmente, vem acompanhada de outras alterações, como excesso do prepúcio, chamado de capuxão, curvatura peniana, transposição peno-escrotal entre outras.

Além de comprometer a estética peniana, também interfere na função miccional e reprodutiva. Por isso, precisamos reposicionar o meato uretral no local correto, além de tratar das outras alterações que acompanham a hipospádia. O tratamento é cirúrgico, e deve ser realizado o mais breve possível. Além disso, dependendo da gravidade do caso, mais de um procedimento cirúrgico pode ser necessário.

Se você notou que seu filhinho tem o meato uretral fora do lugar, procure um profissional capacitado para atendê-lo integralmente.

Classificação da hipospádia

A hipospádia, de maneira mais simples, é dividida em 4 tipos principais, segundo com a localização da abertura da uretra:

– Hipospádia Distal: a abertura da uretra está localizada próximo à glande ou na própria glande (ainda existem tipos especiais de hipospádia distal, chamadas de subcoronal, coronal e glandar);

– Hipospádia Peniana: ​​a abertura aparece ao longo do corpo do pênis;

– Hipospádia Proximal: a abertura da uretra está localizada na região próxima do escroto (existem dois tipos especiais de hipospádia proximal, que é a peno-escrotal e a escrotal);

– Hipospádia Perineal: é o tipo mais raro, sendo que a abertura da uretra está localizada próxima ao ânus, fazendo com que o pênis se encontre menos desenvolvido do que o normal;

Além disso, há chances de a abertura da uretra surgir por cima do pênis. Esse problema é chamado de epispádia, mas é uma condição completamente diferente da hipospádia.

Como o tratamento da hipospádia é realizado?

O tratamento da hispospádia é essencialmente cirúrgico, com o objetivo de corrigir todas as malformações presentes. Existem várias técnicas cirúrgicas de reconstrução, a depender de como o paciente se encontra. É sempre importante lembrar que usamos tecidos do próprio pênis para a cirurgia de reconstrução, de maneira que o tamanho do órgão ajuda pode facilitar ou dificultar o procedimento. Dessa forma, em alguns casos, precisamos fazer um tratamento hormonal no pré-operatório, a fim de que o pênis aumente um pouco de tamanho.

Com o objetivo de reduzir o trauma emocional causado pela malformação, é indicado que a cirurgia aconteça entre 6 e 18 meses de vida. No entanto, esse procedimento pode ser realizado em qualquer fase da vida.

Cirurgia

Durante a cirurgia de hipospádia, a abertura mal posicionada da uretra é fechada, e uma nova uretra é construída, de maneira que a nova saída fique na ponta do pênis. Além disso, é corrigida a curvatura peniana, o excesso de prepúcio é distribuído e a transposição peno-escrotal, quando presente, é corrigida.  Isso melhora a estética do genital e permitir uma função sexual normal no futuro. No entanto, é sempre importante ressaltar que, em alguns casos, é necessário fazer mais de um procedimento a correção completa do problema.

Depois da cirurgia, a criança precisa ficar internada no hospital de 1 a 3 dias, para que em seguida consiga voltar para casa e começar as atividades normais de novo. Eventualmente é necessário o uso de sonda vesical por alguns dias.

Além disso, durante as primeiras semanas após a cirurgia de hipospádia, os pais ou responsáveis pela criança precisam ficar atentos para não surgir sinais de infecção no local da operação, como inchaço, vermelhidão ou dor intensa, por exemplo. 

Os principais objetivos da cirurgia de hipospádia, são:

– Permitir que o paciente urine de pé;

– Melhorar a estética;

– Evitar futuros problemas psicológicos devido a uma genitália mal formada;

– Permitir que o paciente apresente função sexual normal, no futuro.

Em cerca de 87% dos casos de hipospádia, a abertura da uretra está localizada na face ventral do pênis, o que apresenta maiores chances de a cirurgia dar certo. Ao redor de 10% dos casos, o meato está no escroto, o que causa uma curvatura peniana muito acentuada (quase um anzol). O restante corresponde à forma perineal, considerada mais grave, e nesse caso, o pênis apresenta forma amorfa.

Essa complicação é o segundo defeito congênito mais comum na genitália masculina, depois da criptorquidia (testículo fora do local correto). Entretanto, dados afirmam que essas incidências atingem 1 cada 125 meninos e essa condição cresceu muito nas últimas décadas.

Tem alguma dúvida? Estamos aqui para te ajudar. Entre em contato conosco!

Abs!
Dr. Rafael F. Locali | Urologista | CRM 133874

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Dr. Rafal Locali
Dr. Rafael Fagionato Locali
Urologista
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