Cirurgia corrige condição conhecida como criptorquidia, na qual os testículos do paciente não descem para a bolsa testicular
Normalmente, os testículos se desenvolvem dentro do abdômen do feto e migram para a bolsa testicular antes ou logo após o nascimento. No entanto, em alguns casos, um ou ambos os testículos podem não seguir esse caminho, ocorrendo uma condição chamada “testículo não descido” ou “criptorquidia”. Em pouco mais de ⅔ dos casos, os testículos estão localizados na região inguinal; porém, existem situações em que o testículo fica intra-abdominal. Hoje, falaremos de testículos inguinais.
Se não for tratada, a criptorquidia pode levar a diversas complicações, que incluem principalmente problemas na produção de espermatozoides e testosterona, além de risco aumentado de desenvolver câncer testicular. A condição ainda pode afetar a autoestima e a imagem corporal do menino.
A orquidopexia bilateral é o tratamento para essa condição. Saiba mais a seguir!
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Índice
O que é orquidopexia bilateral?
A orquidopexia bilateral é um procedimento cirúrgico que tem o intuito de corrigir a posição anormal dos testículos para otimizar a função testicular e evitar complicações futuras, como infertilidade ou câncer testicular. O termo “bilateral” indica que ambos os testículos precisam ser reposicionados para a correção da criptorquidia.
Quando a orquidopexia bilateral é indicada?
A orquidopexia bilateral é indicada principalmente em casos de criptorquidia bilateral, ou seja, quando ambos os testículos não descem adequadamente para o escroto. A cirurgia é necessária para evitar complicações e promover o desenvolvimento saudável dos testículos.
Nesse sentido, as principais indicações da orquidopexia bilateral incluem:
- Criptorquidia bilateral congênita;
- Testículos retráteis persistentes;
- Hérnias inguinais associadas.
No que diz respeito à idade do paciente, a cirurgia é geralmente realizada entre os 6 meses e os 2 anos de idade, sendo quanto antes melhor.
Como a orquidopexia bilateral é realizada?
A orquidopexia bilateral é um procedimento cirúrgico realizado com anestesia geral, o que significa que o paciente estará completamente adormecido e não sentirá dor durante o procedimento. Com o menino devidamente anestesiado, o cirurgião faz uma pequena incisão, geralmente na região inguinal (na virilha), de modo a acessar os testículos que não desceram.
Em seguida, os testículos são cuidadosamente liberados de qualquer tecido que os mantinha presos na posição anormal e o cirurgião faz uma bolsa no escroto para acomodar cada testículo. Essa etapa é importante para garantir que os testículos tenham o espaço adequado para se posicionar e continuar seu desenvolvimento normalmente.
Depois que os testículos são movidos para o escroto, o cirurgião os fixa no lugar, normalmente usando suturas. Uma vez que os testículos estão fixados no escroto, as incisões são fechadas com suturas absorvíveis.
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Quais são as recomendações pré e pós-operatórias?
Seguir as recomendações pré e pós-operatórias para a orquidopexia bilateral é fundamental para garantir uma cirurgia bem-sucedida e uma recuperação rápida e segura. No que diz respeito aos cuidados pré-operatórios, as principais recomendações incluem:
- Submissão do paciente a uma avaliação médica detalhada, que pode incluir exames de sangue, exames de imagem e avaliação geral de sua saúde;
- Seguimento do período de jejum recomendado pelo cirurgião e pelo anestesista;
- Suspensão do uso de medicamentos que afetam a coagulação sanguínea;
- Preparação emocional da criança que vai se submeter à intervenção;
- Presença de um adulto para acompanhar o paciente no dia da cirurgia.
Após a cirurgia, as principais recomendações são:
- Repouso nos primeiros dias, evitando movimentos bruscos e atividades físicas intensas;
- Administração de medicamentos analgésicos, conforme recomendado pelo cirurgião;
- Higienização adequada das incisões;
- Observação de sinais de infecção, como vermelhidão excessiva, calor no local ou secreção, informando o médico caso qualquer um desses sintomas ocorra;
- Uso de roupa confortável, mas que ofereça suporte aos testículos durante o processo de cicatrização;
- Comparecimento às consultas de acompanhamento pós-operatório, de modo a garantir que o processo de cicatrização esteja ocorrendo adequadamente e sem complicações.
Existem riscos para essa cirurgia?
Assim como qualquer procedimento cirúrgico, a orquidopexia bilateral envolve alguns riscos, sendo que os principais deles são:
- Infecção;
- Hematoma ou sangramento;
- Lesões aos vasos sanguíneos do testículo;
- Reascensão testicular;
- Atrofia testicular;
- Reações à anestesia;
- Em casos raros, infertilidade.
Ser devidamente acompanhado por um profissional experiente e especializado é fundamental para garantir maior segurança ao procedimento, minimizando os riscos citados. O Dr. Rafael Locali é urologista infantil, com vasta experiência no tratamento de malformações do sistema urinário e órgãos genitais de bebês, crianças e adolescentes.
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