A remoção testicular é a forma mais efetiva de cura para os pacientes com esse tipo de câncer
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) classifica o câncer de testículo como uma doença rara, pois representa apenas 1% dos tumores masculinos e 5% das doenças urológicas malignas. Porém, apesar de sua baixa incidência, a orquiectomia (remoção cirúrgica do testículo afetado) é a abordagem terapêutica indicada para pacientes de todas as idades, até mesmo para homens jovens em idade reprodutiva.
Entenda a relação de como a orquiectomia no tratamento de câncer no testículo pode ser eficaz.
Índice
O que é a orquiectomia?
A orquiectomia é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção total do testículo para impedir a propagação do câncer, e está indicada para todos os homens com esse diagnóstico, sendo que em alguns casos o tratamento pode ser complementado com quimioterapia ou radioterapia. Além disso, a orquiectomia permite que o testículo retirado seja enviado para análise anatomopatológica com o objetivo de definir o tipo exato de neoplasia e o estágio da doença.
Indicação para a orquiectomia no tratamento do câncer testicular
A orquiectomia é indicada para todos os pacientes com câncer de testículo, pois a remoção do órgão é a forma mais eficiente de impedir a disseminação das células neoplásicas, principalmente se realizada por um urologista experiente. Segundo o INCA, aproximadamente 80% dos pacientes são curados apenas com a cirurgia, sem recidivas ou necessidade de terapias complementares, enquanto os outros 20% podem ter metástases e precisar de quimioterapia.
Tipos de orquiectomia
A orquiectomia radical é o tratamento de escolha nos casos de câncer de testículo, realizada por acesso inguinal. Nesse procedimento, além da remoção do testículo, é removido, em conjunto, todo o segmento do cordão espermático, até sua entrada para o interior do abdome.
Além da orquiectomia radical, existe a orquiectomia total ou subtotal. Ambas são realizadas por acesso escrotal, e não é realizada a remoção, em conjunto, do cordão espermático. Na orquiectomia total, todo o testículo, juntamente com o epidídimo, é removido, ao passo que na orquiectomia subtotal, existe a preservação do epidídimo e cápsula testicular (albugínea), sendo removido somente o conteúdo do testículo (túbulos seminíferos). Normalmente, esses tipos de orquiectomia são usados para bloqueio hormonal em pacientes com câncer de próstata.
Por outro lado, existe uma situação bem particular nos casos de nódulo testicular, em que, pelo pequeno tamanho do nódulo, existe a possibilidade de não ser um tumor germinativo do testículo (câncer). Nessa situação, tomando alguns cuidados, incluindo fazer um exame histopatológico no momento da cirurgia, é possível fazer a remoção apenas do nódulo testicular, preservando assim o restante do órgão. Vale lembrar que isso só é possível para situações em que não existe câncer de testículo.
Orquiectomia radical
Como dito anteriormente, esse tipo de cirurgia envolve a remoção completa do testículo e do cordão espermático por acesso inguinal. Após o procedimento, a peça cirúrgica é enviada para exame anatomopatológico para saber o tipo exato de tumor, além de outras características que ajudam a entender a gravidade do câncer e, assim, determinar a necessidade de tratamento complementar (quimioterapia). Além disso, pacientes jovens e em bom estado clínico, mas que precisam fazer orquiectomia radical, podem conversar com seus médicos a respeito do implante de prótese testicular, que deve idealmente ser feito durante a mesma cirurgia.
Na Clínica do Dr. Rafael Locali o atendimento humanizado e de qualidade é a nossa prioridade. Agende uma consulta!
Como a orquiectomia é realizada?
A cirurgia de remoção do testículo se inicia com uma inguinotomia, que é a incisão cirúrgica na região inguinal. Através desse corte, o cirurgião consegue acessar os testículos e remover o órgão junto com o cordão espermático e estruturas adicionais, bem como consegue inserir a prótese testicular.
Quanto tempo de repouso após a orquiectomia?
O tempo de repouso após a orquiectomia varia de acordo com o procedimento em si, se houve ou não complicações, e com a recuperação individual do paciente, o que inclui suas comorbidades e perfil clínico. Porém, de forma geral, nas primeiras semanas deve-se evitar atividades físicas intensas e manter uma boa higiene local.
Além disso, todo paciente com diagnóstico de câncer de testículo deve manter um acompanhamento regular com o urologista, sendo que a periodicidade de consultas e exames depende do estágio da doença no momento do diagnóstico.
Ou seja, para garantir uma boa recuperação após a orquiectomia o paciente deve:
- Evitar atividades físicas intensas ou carregamento de peso;
- Evitar relações sexuais conforme orientação médica;
- Manter a ferida operatória limpa e seca;
- Utilizar as medicações prescritas;
- Comparecer a todas as consultas de acompanhamento.
Quem faz orquiectomia pode ter filhos?
O primeiro ponto a ser esclarecido é que quando apenas um testículo é removido, espera-se uma preservação tanto da função erétil quanto da fertilidade. Porém, todo paciente deve ter em mente que existem situações em que a orquiectomia afeta, sim, a possibilidade de ter filhos, principalmente quando o tratamento é complementado com quimioterapia ou radioterapia.
Portanto, é fundamental que antes de realizar o procedimento o paciente discuta o assunto com o urologista e se informe sobre opções de preservação de fertilidade, buscando métodos alternativos de garantir a função reprodutiva se assim desejar.
Tire dúvidas ou marque sua consulta para saber mais a respeito com o Urologista Dr. Rafael Locali.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Urologia