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Tratamento da criptorquidia: como funciona?

Médico urologista mostrando imagem pelo tablet.
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

10 outubro, 2023

O acompanhamento regular da criptorquidia é essencial para que o tratamento seja instituído sem atrasos

A criptorquidia é uma condição médica bastante comum entre os recém-nascidos, podendo afetar até 4% dos meninos nascidos a termo e até 45% dos prematuros.

Essa, que é uma anomalia congênita caracterizada pela ausência de um ou ambos os testículos na bolsa testicular. Ocorre porque os testículos não “descem” durante o desenvolvimento fetal ou durante os primeiros meses de vida, como esperado. Assim, quando isso não ocorre mesmo com o passar dos meses, é preciso programar e realizar o tratamento da criptorquidia.

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Principais causas da criptorquidia

As causas exatas da criptorquidia não são completamente compreendidas, de tal forma que a comunidade médica considera que essa é uma condição multifatorial, ou seja, que se desenvolve a partir de diversos fatores atuando em conjunto, como:

  • Prematuridade;
  • Fatores genéticos, como histórico familiar da condição;
  • Problemas hormonais durante o desenvolvimento fetal.

Diagnóstico da criptorquidia

O diagnóstico da criptorquidia é feito a partir do exame físico rotineiro em bebês e crianças, sendo o primeiro deles realizado após o nascimento, quando a equipe pediátrica faz uma avaliação física inicial do bebê. Nas situações em que um ou os dois testículos não forem detectados na bolsa, os pais são informados sobre a condição, que também é registrada na caderneta da criança.

Assim, ao longo dos primeiros meses de vida, o pediatra deve realizar o exame físico em todas as consultas de puericultura para identificar o momento adequado de encaminhar o paciente ao uropediatra, que por sua vez pode recomendar o tratamento da criptorquidia.

Tratamento da criptorquidia

A opção de escolha para o tratamento da criptorquidia, segundo os órgãos nacionais de saúde, é a correção cirúrgica. Porém, essa abordagem não precisa ser imediata durante o período neonatal, de tal forma que a recomendação oficial da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) é que se espere pelo menos até o sexto mês para então programar e realizar a cirurgia, que deve ocorrer, idealmente, antes dos dois anos de vida.

Tratamento Cirúrgico

A orquidopexia é a opção cirúrgica para o tratamento da criptorquidia, cujo objetivo é posicionar corretamente os testículos no escroto, para garantir o adequado desenvolvimento e função testicular.

No entanto, o primeiro passo é identificar a localização do testículo. Na maior parte das vezes, o testículo está posicionado na região inguinal, porém, também pode estar no interior do abdome. Essa definição é fundamental para definir a forma de realização da orquidopexia.

Como é feito o tratamento?

Quando testículo está na região inguinal, o tratamento cirúrgico da criptorquidia pode ser feito por uma pequena incisão na região inguinal (na virilha), para identificar o testículo, e uma outra pequena incisão no escroto, para fixá-lo na posição correta.

Já nos casos em que os testículos estão no interior do abdome, o tratamento da criptorquidia é feito via laparoscopia (cirurgia fechada), a partir de pequenas incisões abdominais por onde uma câmera e instrumentos são inseridos. Nessa situação, muitas vezes a cirurgia é realizada em dois estágios, para não prejudicar a vascularização testicular.

Tratamento conservador

O tratamento conservador da criptorquidia envolve observar e acompanhar cuidadosamente a condição até os seis meses de idade corrigida, momento limite para aguardar a descida natural dos testículos.

Como é feito o tratamento?

Durante os primeiros seis meses de vida do bebê, o pediatra responsável pelas consultas de puericultura irá monitorar o desenvolvimento e a localização dos testículos em todas as consultas, para que no momento correto faça o encaminhamento ao especialista.

Quando o tratamento para a criptorquidia é recomendado?

O tratamento via abordagem cirúrgica é recomendado quando o testículo não desce por si só até o sexto mês de vida, momento em que a cirurgia de criptorquidia já deve ser programada e agendada. O período mais adequado para fazer a orquidopexia é entre 6 e 12 meses de idade, podendo se estender até os 24 meses, mas de forma alguma deve exceder esse prazo.

O não tratamento da criptorquidia pode prejudicar o desenvolvimento testicular, comprometendo a produção hormonal e espermatogênese desse testículo, assim como aumentar o risco de desenvolvimento de câncer nesse órgão. Obviamente, a criptorquidia bilateral é bem mais grave que a unilateral.

Porém, também há situações em que a criança não recebeu o tratamento adequado quando bebê e chega na puberdade com apenas um testículo normoposicionado, muitas vezes o testículo criptorquídico está atrofiado. Nesses casos, o tratamento da criptorquidia é a remoção cirúrgica do testículo que não desceu.

Como o uropediatra Dr. Rafael Locali pode ajudar no tratamento da criptorquidia?

O tratamento da criptorquidia deve ser realizado por um médico especialista em urologia pediátrica, como o Dr. Rafael Locali, profissional especializado em condições urológicas em crianças, incluindo o diagnóstico, tratamento e acompanhamento.

Tire dúvidas ou marque sua consulta para saber mais a respeito com o Urologista Dr. Rafael Locali.

 

Fontes:

Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

MSD Manuals

UFBA

Revista Médica de Minas Gerais

Dr. Rafal Locali
Dr. Rafael Fagionato Locali
Urologista
CRM 133874
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