Tratamento pode variar desde o acompanhamento clínico em casos leves até a cirurgia corretiva pieloplastia nos casos mais graves
A estenose de JUP é uma condição em que ocorre um estreitamento no ponto de ligação entre o rim e o ureter, o canal responsável por transportar a urina até a bexiga. Esse bloqueio dificulta a passagem da urina, que se acumula no rim e pode levar a uma dilatação conhecida como hidronefrose.
A condição causa dores, infecções urinárias frequentes e, se não tratado, pode comprometer a função renal ao longo do tempo. O tratamento para estenose de JUP depende da gravidade do caso, podendo variar entre acompanhamento médico em casos leves e cirurgia corretiva quando há riscos para o funcionamento dos rins.
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Sinais e sintomas da estenose de JUP
A estenose de JUP pode apresentar sinais diferentes de acordo com a gravidade do estreitamento e afeta apenas um ou os dois rins. Em muitos casos, os sintomas se manifestam ainda na infância, mas também é possível que só apareçam na adolescência ou na vida adulta. Os principais são:
- Dores na região lombar ou abdominal, especialmente após a ingestão de grandes volumes de líquido;
- Inchaço visível em um dos lados do abdômen;
- Infecções urinárias repetidas;
- Presença de sangue na urina;
- Febre e calafrios, em casos com infecção associada;
- Pressão alta, que pode surgir como consequência da função renal comprometida;
- Formação de pedras nos rins, os cálculos renais, em decorrência da obstrução prolongada.
Causas e fatores de risco da estenose de JUP
A estenose de JUP frequentemente é uma condição de origem congênita, ou seja, já está presente desde o nascimento. A condição ocorre por alterações no desenvolvimento da musculatura da junção entre a pelve renal e o ureter. Outra causa comum são anomalias nos vasos sanguíneos que irrigam os rins, que podem comprimir essa região e dificultar o fluxo da urina.
Além da forma congênita, a estenose de JUP também pode se desenvolver ao longo da vida. Essa forma adquirida pode surgir como consequência de cirurgias renais anteriores, que deixam cicatrizes na região, ou devido à presença frequente de pedras nos rins. Cálculos podem causar inflamações repetidas e, com o tempo, provocar alterações na estrutura da junção entre o rim e o ureter, levando ao estreitamento.
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Como a estenose de JUP é diagnosticada?
O diagnóstico pode ser feito ainda durante a gestação, por meio do ultrassom pré-natal, geralmente a partir da 28ª semana. No entanto, formas mais leves podem não ser detectadas no pré-natal. Nesses casos, o diagnóstico costuma ser feito nas primeiras semanas ou meses de vida, a partir de sinais, como infecções urinárias frequentes, diminuição no volume urinário, presença de sangue na urina ou dor abdominal.
A partir da suspeita, o médico solicita exames laboratoriais, como análises de sangue e urina, para avaliar a função renal e descartar outras possíveis causas dos sintomas. Em seguida, são realizados exames de imagem, começando pela ultrassonografia, que pode mostrar a dilatação do rim. Em casos que exigem uma investigação mais detalhada, outros exames podem ser indicados:
- Cintilografia renal dinâmica: analisa o funcionamento do rim e o grau de obstrução;
- Tomografia computadorizada ou ressonância magnética: mostram imagens mais precisas da anatomia renal;
- Uretrocistografia miccional: investiga possíveis refluxos urinários;
- Pielografia intravenosa ou retrógrada: visualiza diretamente o ponto de estreitamento na junção ureteropélvica.
Qual o tratamento para estenose de JUP?
O tratamento para estenose de JUP varia de acordo com o grau de obstrução e o impacto sobre a função dos rins. As possibilidades são:
Em casos leves
Quando a obstrução é pequena e não há prejuízo no funcionamento dos rins, o mais indicado é o acompanhamento médico, adiando a necessidade de alguma intervenção para tratamento para estenose de JUP. Esse monitoramento permite observar se a condição evolui e também permite que o paciente cresça, ganhe peso e fique mais preparado para o procedimento cirúrgico no futuro, caso seja necessário.
Em casos graves
Quando a estenose causa sintomas, a cirurgia torna-se indispensável no tratamento para estenose de JUP. O procedimento mais comum nesses casos é a pieloplastia, que remove a área estreitada e reconstrói a junção entre o ureter e a pelve renal, permitindo que a urina volte a fluir normalmente em direção à bexiga. A pieloplastia pode ser feita de diferentes formas:
- Cirurgia aberta: indicada especialmente em bebês menores de seis quilos, é realizada por uma incisão abaixo das costelas;
- Videolaparoscopia: método minimamente invasivo, com pequenas incisões, mais recomendado para crianças maiores;
- Cirurgia robótica: realizada por meio de pequenas incisões, utilizando braços robóticos controlados pelo cirurgião, o que permite movimentos mais precisos e maior controle.
Quando a cirurgia é indicada no tratamento para estenose de JUP?
A cirurgia de estenose de JUP é indicada quando a obstrução começa a comprometer a saúde e o funcionamento dos rins. Um dos principais sinais é a redução progressiva da função renal, identificada por exames que mostram queda no desempenho do rim afetado. Nesse caso, a intervenção cirúrgica é essencial para evitar danos permanentes.
O tratamento para estenose de JUP também pode envolver a cirurgia quando o paciente apresenta sintomas frequentes, como dor lombar recorrente, infecções urinárias repetidas ou sangue na urina, sinais de que a obstrução está interferindo na qualidade de vida da criança.
Outros casos em que a cirurgia faz parte do tratamento para estenose de JUP é quando há a presença de cálculos renais e evidências de hidronefrose grave, que é uma dilatação excessiva do sistema coletor do rim, identificada nos exames de imagem, mesmo que ainda não haja sintomas.
Qual médico realiza o tratamento para estenose de JUP?
O tratamento para estenose de JUP é feito pelo urologista pediátrico, especialista responsável por diagnosticar e tratar alterações no sistema urinário de crianças. Esse profissional acompanha desde os casos identificados no pré-natal até aqueles diagnosticados na infância ou adolescência. Quando a cirurgia é necessária, ele realiza o procedimento e acompanha o paciente na recuperação.
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