Trata-se de um tipo de hidrocele que se apresenta como uma massa indolor na região logo acima do testículo ou na região inguinal
O cisto de cordão espermático – ou hidrocele de cordão – é uma condição benigna que afeta crianças e adultos de ambos os sexos, sendo cerca de 15 vezes mais prevalente nos meninos, especialmente naqueles nascidos antes da 37ª semana de gestação. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), esse diagnóstico faz parte das “doenças do conduto peritônio-vaginal”, pois ocorre quando há um erro no fechamento desse conduto, levando a um acúmulo de líquido na proximidade dos testículos.
Índice
O que é um cisto de cordão espermático?
O cisto de cordão espermático pode ser explicado como um “acúmulo” de líquido próximo aos testículos – que ocorre devido ao fechamento inadequado do conduto peritônio-vaginal – levando à formação de um cisto indolor, benigno e de aspecto endurecido. Ao notar alterações na região escrotal ou genital dos meninos, principalmente a formação de cistos ou tumorações, é fundamental que os pais busquem atendimento médico imediato para descartar causas que demandam cirurgia de urgência, como encarceramento de hérnia, torções do testículo ou tumores testiculares.
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O que causa o cisto de cordão espermático?
Na criança, a principal causa de cisto de cordão espermático é a congênita, ou seja, está relacionada com o desenvolvimento pré-natal. Nesses casos, ocorre uma falha no fechamento do chamado “processo vaginal”, que é uma evaginação do peritônio na região inguinal, levando a um acúmulo gradual de líquido e à formação de um cisto.
Sabe-se que esse processo de migração da camada peritoneal para a região escrotal e o fechamento do conduto ocorrem, naturalmente, por volta da 36ª semana da gestação, e por isso tanto a prematuridade, quanto problemas no desenvolvimento e crescimento do feto, podem ocasionar falhas de fechamento e formação de um cisto de cordão espermático.
Porém, há também os casos chamados de adquiridos, que é quando crianças mais velhas, adolescentes e até adultos desenvolvem o cisto de cordão espermático. Esse diagnóstico tardio pode estar relacionado a processos inflamatórios, traumas, torção testicular, tumor ou também de forma idiopática, que é quando não se conhece a causa.
Fatores de risco
O principal fator de risco para se desenvolver o cisto de cordão espermático é a prematuridade, pois o parto antes das 37 semanas de idade gestacional pode interromper o processo natural de fechamento do processo vaginal. Porém, isso não significa que todos os prematuros terão esse diagnóstico, assim como não impede que meninos nascidos a termo o desenvolvam.
Diagnóstico do cisto de cordão espermático
O diagnóstico de cisto de cordão espermático é aventado pelo médico a partir da história clínica e do exame físico completo, em que se constata a presença de uma massa indolor aderida ao cordão espermático, desde o testículo até o orifício externo do canal inguinal.
Nessas situações, o uropediatra pode obter a confirmação diagnóstica a partir de uma ultrassonografia da bolsa testicular, exame que também ajuda a excluir outras causas de cisto na região escrotal, principalmente a hérnia inguinal encarcerada.
Sinais e sintomas
Geralmente essa condição é indolor, e o único sinal presente no paciente é o surgimento de uma tumoração cística, móvel e de consistência endurecida localizada acima dos testículos.
Tratamento do cisto de cordão espermático
O tratamento padrão para o cisto de cordão espermático é a cirurgia, sendo que na impossibilidade de diferenciar esse quadro de uma hérnia encarcerada, o procedimento deve ser realizado de imediato para evitar complicações.
Já nos casos em que há confirmação diagnóstica do cisto de cordão, pode-se adotar uma conduta expectante, ou seja, apenas acompanhar e observar a evolução do quadro. Nos casos em que não há regressão espontânea ou existe aumento do volume do cisto, deve-se realizar a cirurgia.
A técnica cirúrgica consiste em uma exploração do canal inguinal para remover o cisto de cordão espermático.
Como prevenir?
Para prevenir a ocorrência do cisto de cordão espermático congênito, as principais recomendações são:
- Realizar um pré-natal adequado;
- Não consumir substâncias tóxicas para o feto durante a gestação;
- Fazer todos os exames da gestação, incluindo sorologias e ultrassons;
- Seguir as recomendações médicas individualizadas para reduzir as chances de parto prematuro.
Possíveis complicações do cisto de cordão espermático
Embora seja uma condição benigna, o diagnóstico e tratamento adequados do cisto de cordão espermático buscam reduzir as chances de complicações futuras, associadas principalmente à atrofia testicular e infertilidade.
Como o urologista Dr. Rafael Locali pode te ajudar?
O urologista pediátrico Dr. Rafael Locali pode realizar os exames necessários para diagnosticar o cisto de cordão espermático e instituir o melhor tratamento para cada paciente.
Tire dúvidas ou marque sua consulta para saber mais a respeito com o Urologista Dr. Rafael Locali.
Fontes: