As complicações incluem risco de torção testicular, hérnias, traumas físicos e comprometimento do desenvolvimento testicular e hormonal
A criptorquidia é uma condição relativamente comum, em que um ou ambos os testículos não descem para o escroto durante o desenvolvimento fetal. Cerca de 4% das crianças nascidas a termo têm criptorquidia, ao passo que pouco mais de 40% dos prematuros apresenta este problema.
Ainda que seja frequentemente silenciosa, as consequências da criptorquidia são significativas para o desenvolvimento hormonal, reprodutivo e físico da criança, tornando essencial o tratamento no tempo correto.
A seguir, entenda a gravidade e consequências da criptorquidia, além das causas e tratamentos disponíveis.
A criptorquidia é uma condição grave?
Ainda que a criptorquidia seja comum em recém-nascidos e, em alguns casos, possa se resolver espontaneamente nos primeiros meses de vida, a ausência de descida dos testículos aumenta o risco de complicações.
Por isso, é considerada uma condição que necessita de atenção médica e acompanhamento precoce, já que as consequências da criptorquidia podem ser significativas se não for tratada adequadamente.
Causas e fatores de risco da criptorquidia
O processo normal de descida testicular acontece entre a 12ª e a 28ª semana de gestação. Inicialmente, os testículos estão localizados próximos aos rins e, sob estímulo hormonal, migram para a região inguinal. Posteriormente, deslocam-se para o escroto, completando a descida. Qualquer alteração nesse percurso pode resultar em criptorquidia.
O risco de desenvolver criptorquidia aumenta em casos de histórico familiar da condição e em bebês prematuros. Além disso, diversas condições podem causar a criptorquidia:
- alterações genéticas;
- alterações no desenvolvimento dos músculos abdominais;
- distúrbios hormonais, como deficiência de testosterona ou Beta-hCG;
- problemas de crescimento durante a gestação;
- trauma ou uso de certos medicamentos pela mãe;
- infecções pré-natais, como rubéola.

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Possíveis consequências da criptorquidia em bebês
Mesmo nos primeiros meses de vida, a criptorquidia pode afetar a saúde do bebê de diversas formas. A posição anormal do testículo aumenta o risco de torção testicular, que pode comprometer a circulação sanguínea, e de hérnias inguinais, que podem causar dor e exigir intervenção cirúrgica.
Por isso, identificar e tratar a condição ainda na infância é fundamental para reduzir os riscos de consequências da criptorquidia e garantir um desenvolvimento saudável.
Consequências a longo prazo da criptorquidia não tratada
Se não tratada, as consequências da criptorquidia se estendem até a vida adulta e causam problemas significativos à saúde do homem. Entre as principais complicações a longo prazo estão:
- problemas de fertilidade: o desenvolvimento inadequado dos testículos pode comprometer a produção de espermatozoides e hormônios sexuais;
- maior risco de câncer de testículo: aumenta o risco em até 50 vezes em comparação com aqueles sem a condição;
- alterações hormonais: pode reduzir a densidade óssea, aumentando o risco de fraturas e inflamações;
- deficiência de testosterona: pode interferir no crescimento de pêlos , mudança da voz e início da puberdade.
Qual a idade ideal para a correção da criptorquidia?
O tratamento cirúrgico da criptorquidia, conhecido como orquidopexia, é recomendado geralmente entre os 6 e 18 meses de idade. Esse procedimento consiste em reposicionar o testículo não descendido no escroto, garantindo seu desenvolvimento adequado e prevenindo possíveis consequências da criptorquidia futuras.
Por que o tratamento precoce é essencial?
Os testículos podem descer naturalmente até os 6 meses de idade, sendo que a maioria se resolve nos primeiros 3 meses. Quando isso não ocorre, a cirurgia realizada nesse período oferece maiores chances de preservar a fertilidade e reduzir o risco de consequências da criptorquidia.
Qual a importância do acompanhamento com um uropediatra?
O acompanhamento com um uropediatra é essencial para garantir que os testículos estejam corretamente posicionados e que o desenvolvimento físico e hormonal da criança ocorra de forma adequada.
Esse acompanhamento permite monitorar de perto o crescimento, a função testicular e a saúde geral, além de reduzir significativamente o risco de consequências da criptorquidia.
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Fontes





