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Nefrolitotripsia percutânea: o que é, como é feita e quando é recomendada?

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Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

10 junho, 2024

Alguns cálculos renais precisam ser fragmentados para serem eliminados, e um dos procedimentos voltados a esse fim é a nefrolitotripsia percutânea

A nefrolitíase (cálculos renais ou pedras nos rins) é uma condição médica bastante prevalente e que afeta três vezes mais os homens do que as mulheres, podendo causar cólicas renais intensas, além de obstruir a saída de urina e gerar complicações diversas. Por isso, todo paciente com essa condição deve ser acompanhado por um urologista, que indicará o melhor tratamento para cada caso.

Entre as opções terapêuticas disponíveis para a extração desses cálculos, está a nefrolitotripsia percutânea (NLPC), procedimento indicado principalmente para cálculos renais grandes e que não podem ser tratados de forma conservadora ou menos invasiva.

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O que é a nefrolitotripsia percutânea?

A nefrolitotripsia percutânea, também conhecida como NLPC, é um procedimento realizado por urologistas para remover cálculos renais que não podem ser tratados por métodos ainda menos invasivos, como a litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO) ou a ureteroscopia flexível. Assim, na NLPC, o médico acessa o rim através de uma pequena incisão cutânea para então fragmentar os cálculos ali presentes e removê-los através desse corte, utilizando instrumentos específicos para esse fim.

Como a nefrolitotripsia percutânea é feita?

A nefrolitotripsia percutânea deve ser realizada em centro cirúrgico sob anestesia geral, e geralmente envolve os seguintes passos:

  • O urologista insere um cateter pela uretra, por onde injeta um contraste para ajudar a visualizar os cálices e cálculos renais;
  • Com ajuda de um aparelho de radioscopia, o urologista punciona a pele do dorso do paciente e posiciona uma agulha no interior do rim, exatamente na região que está a pedra;
  • Pelo orifício da agulha, introduz um fio guia, que ajuda no direcionamento dos dilatadores do trajeto da pele até o interior do rim;
  • Com o trajeto dilatado, o urologista insere um endoscópio específico (nefroscópio) que o permite chegar até o local em que o cálculo está localizado;
  • Ali, um outro dispositivo (como um ultrassom ou laser) é utilizado para fragmentar o cálculo em pedaços menores;
  • Por fim, os fragmentos são removidos com uso de pinças especiais ou um aspirador.

Além disso, é bastante comum que, após a NLPC, o urologista opte por manter alguma sonda ou cateter duplo J por determinado período para impedir obstrução dos ureteres, tanto por coágulos quanto por restos de fragmentos que possam permanecer no sistema urinário.

Quando deve ser considerada?

A nefrolitotripsia percutânea é geralmente recomendada nos seguintes casos:

  • Cálculos maiores que 20 mm;
  • Cálculos coraliformes;

Porém, algumas situações e condições de saúde específicas do paciente podem demandar uma atenção especial do urologista para que a NLPC seja, de fato, indicada.

Quando não é recomendada?

Apesar de ser um procedimento seguro e eficaz para muitos pacientes, a nefrolitotripsia percutânea pode não ser a melhor opção para alguns casos, sendo que cada situação deve ser avaliada por um urologista especializado nesse tipo de tratamento.

Entre suas contraindicações, estão:

  • Pacientes com distúrbios de coagulação ou doenças cardíacas graves;
  • Cálculos renais muito pequenos que podem ser tratados com métodos menos invasivos;
  • Pacientes com anatomia renal anormal que dificulta a realização segura do procedimento;
  • Na vigência da sepse.

Como é o preparo para o procedimento?

Para realizar a nefrolitotripsia percutânea, o urologista responsável pelo procedimento fornecerá as informações específicas de preparo, que incluem o tempo de jejum recomendado, a necessidade de suspender temporariamente alguns medicamentos e também a realização de exames pré-operatórios.

O que esperar depois da cirurgia?

Pacientes que se submetem à NLPC devem saber que, após o procedimento, pode ser comum sentir um leve desconforto na região lombar, bem como encontrar sangue na urina — com ou sem coágulo — por alguns dias. Assim, após a cirurgia, é importante manter um acompanhamento médico mais próximo, sendo necessário permanecer internado por dois a três dias.

Após a alta, é importante manter repouso nos primeiros dias, ingerir bastante água e manter a cicatriz limpa e seca, bem como tomar os medicamentos prescritos pelo médico, que podem incluir analgésicos e antibióticos. Por fim, pacientes que fazem a nefrolitotripsia percutânea e recebem alta com o cateter duplo J devem agendar o retorno ao médico para remover esse dispositivo através de uma cistoscopia.

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Nefrolitotripsia percutânea e ureteroscopia flexível: qual é a diferença?

Enquanto na nefrolitotripsia percutânea é preciso fazer uma incisão na pele, na ureteroscopia basta inserir um equipamento flexível na uretra, que ajudará a localizar o cálculo para então fazer a fragmentação via laser. Ou seja, é uma abordagem menos invasiva, mas indicada apenas para cálculos pequenos e situados em locais de mais fácil acesso e remoção     .

Portanto, dado que existem diversos métodos terapêuticos para a nefrolitíase, é importante discutir com um urologista especializado para determinar o melhor tratamento para cada caso específico.

Tire dúvidas ou marque sua consulta para saber mais a respeito com o urologista Dr. Rafael Locali.

Fontes:

SBU

AMB

Unicamp

Dr. Rafal Locali
Dr. Rafael Fagionato Locali
Urologista
CRM 133874
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