Indicada para a correção de fimose, a postectomia é um procedimento bastante seguro
A postectomia, cirurgia também conhecida como circuncisão, é um procedimento que consiste em remover o prepúcio – a pele que cobre a glande do pênis – para corrigir a fimose. Segundo estudos, essa é uma das cirurgias mais realizadas da atualidade, com indícios de que mais de 60% dos recém-nascidos sejam submetidos à postectomia, seja por indicação médica ou por questão cultural.
Com relação à fimose, estima-se que 96% dos meninos nascem com algum grau de dificuldade de retração do prepúcio, sendo que apenas 10% deles permanecerão com o quadro aos três anos de idade. Portanto, é fundamental que os meninos sejam desde cedo acompanhados por um profissional capacitado, que saiba reconhecer os casos que demandam uma postectomia ainda nos primeiros anos e diferenciar daqueles que podem tratar de forma conservadora.
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Índice
Quais as indicações para a postectomia?
Ainda que a postectomia seja um procedimento bastante seguro, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) indica tratar a fimose de forma conservadora (higiene e uso de pomadas) até pelo menos um ano de idade, visto que é um quadro que costuma ter autorresolução. Porém, algumas situações têm indicação mais precisa de abordagem cirúrgica, principalmente quando a fimose é adquirida na fase adulta ou quando há complicações associadas ao excesso de pele.
Homens com fimose
A cirurgia para correção de fimose pode ser feita em homens adultos, principalmente quando a condição é adquirida, ou seja, quando não se nasce com ela. Assim, muitos homens procuram fazer a postectomia por questões estéticas ou por sentirem dor e desconforto durante a relação sexual.
Pacientes com parafimose
A parafimose é uma urgência urológica que ocorre quando o prepúcio se retrai e não consegue voltar à sua posição normal para cobrir a glande, comprometendo a circulação sanguínea do pênis. Nesses casos, a indicação é de fazer a redução manualmente e agendar a postectomia para uma data posterior. Eventualmente, essa redução manual não é possível, sendo necessário um pequeno procedimento cirúrgico para o tratamento de urgência.
Indivíduos com balanopostite
A balanopostite é uma inflamação da glande e do prepúcio, muitas vezes causada por infecções bacterianas ou fúngicas. Em alguns casos persistentes e graves, principalmente em pacientes com dificuldade de higienização, a remoção do prepúcio através da postectomia pode ser recomendada para prevenir recorrências.
Como a postectomia é realizada?
Existem diferentes técnicas cirúrgicas para a realização da postectomia, sendo que cada médico escolhe de acordo com sua experiência e com o caso de cada paciente. Porém, de forma geral, o procedimento consiste em retrair o excesso de pele manualmente, liberar as aderências que prendem a pele à glande e remover o excesso de tecido.
Como é a recuperação?
Geralmente, o paciente recebe alta no mesmo dia em que realiza a postectomia, devendo permanecer em repouso domiciliar nos primeiros dias.
Cuidados no pós-operatório
Durante o período de recuperação, é preciso manter a área genital limpa e seca, sem aplicar pomadas ou medicamentos que não tenham sido prescritos pelo cirurgião. Já em caso de dor e inchaço, o uso de analgésicos prescritos e compressas com água gelada pode ajudar a aliviar o desconforto.
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Principais benefícios da postectomia
Os benefícios da postectomia são diversos, principalmente quando o procedimento é bem indicado e realizado por uma equipe de profissionais especializados. Dentre eles, destacam-se:
- Melhora da higiene genital;
- Prevenção de infecções no trato urinário;
- Menor propensão a infecções sexualmente transmissíveis (ISTs);
- Melhora na sensibilidade;
- Redução de dor e desconforto durante a relação sexual;
- Diminuição do risco de câncer de pênis;
- Estética.
Há riscos ou complicações?
Embora a postectomia seja um procedimento bastante seguro, tal como qualquer cirurgia ela apresenta riscos potenciais, que incluem sangramento, infecção da ferida operatória, reações adversas à anestesia e complicações estéticas. Porém, o risco de complicações diminui quando a cirurgia é feita por um urologista experiente.
Segundo a SBU, quando realizada por um profissional especializado e experiente na área, as complicações variam entre 0,2 e 3%.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)
Hospital Israelita Albert Einstein