Condições afetam o fluxo da urina e podem gerar complicações renais
O refluxo vesicoureteral é uma condição em que a urina retorna da bexiga para os ureteres e, em alguns casos, até para os rins. Essa alteração do trato urinário pode ocorrer em crianças de diferentes idades e é causada principalmente por falhas anatômicas ou funcionais na junção entre bexiga e ureteres.
Um dos sinais mais comuns da condição são as infecções urinárias recorrentes, que podem levar a complicações renais. A alteração se manifesta de duas formas: refluxo vesicoureteral primário e secundário. Cada tipo apresenta características específicas que influenciam diretamente no diagnóstico, acompanhamento e tratamento. Por isso, a avaliação por um urologista pediátrico é fundamental para definir a conduta mais segura e eficaz para cada criança.
O que é o refluxo vesicoureteral?
O refluxo vesicoureteral é a passagem retrógrada de urina da bexiga para os ureteres e, em alguns casos, retornando aos rins. Essa condição pode comprometer a função renal se não for identificada a tempo e acompanhada adequadamente. Entre os sinais de alerta estão infecções urinárias repetitivas, dor abdominal ou nas regiões lombares e alterações no crescimento ou desenvolvimento da criança.
O que é o refluxo vesicoureteral primário?
O refluxo vesicoureteral primário é geralmente congênito e resulta de uma alteração na válvula que conecta os ureteres à bexiga. Essa falha anatômica permite que a urina retorne para os ureteres, sendo mais comum em crianças pequenas. A gravidade varia de leve a severa, e em alguns casos o refluxo pode regredir espontaneamente com o crescimento da criança.
O que é o refluxo vesicoureteral secundário?
O refluxo vesicoureteral secundário, por sua vez, ocorre como consequência de outras condições que aumentam a pressão na bexiga ou causam obstrução do fluxo urinário, como estenose válvula de uretra, ou bexiga neurogênica. Diferentemente do primário, o secundário não tende a regredir sozinho e geralmente requer intervenção para tratar a causa subjacente.
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Diferença entre refluxo vesicoureteral primário e secundário
A principal diferença entre refluxo vesicoureteral primário e secundário está na origem do problema. Na condição primária, há uma alteração congênita da válvula ureterovesical, enquanto no refluxo secundário, a condição surge devido a alguma alteração que aumenta a pressão na bexiga ou obstrui o fluxo urinário.
Outra importante diferença entre refluxo vesicoureteral primário e secundário é que o primeiro tipo pode apresentar melhora espontânea conforme o sistema urinário da criança se desenvolve, mas o refluxo secundário geralmente necessita de intervenção cirúrgica ou tratamento da causa associada.
Refluxo vesicoureteral primário e secundário: como diagnosticar?
O diagnóstico dos dois tipos de refluxo envolve uma investigação completa por urologista pediátrico, incluindo histórico de infecções urinárias, avaliação física e exames como:
- Urocultura com antibiograma e função renal;
- Ultrassom renal;
- Uretrocistografia miccional;
- Cintilografia renal.
Dessa forma, é possível identificar a presença e a gravidade do refluxo.
Como o RVU primário e secundário é tratado?
O tratamento do refluxo vesicoureteral primário e secundário varia de acordo com a causa, gravidade e evolução da condição. Inicialmente, o refluxo de grau leve a moderado pode regredir espontaneamente à medida que a criança cresce — especialmente nos casos de refluxo primário, devido à maturação da junção ureterovesical.
Em casos leves ou assintomáticos, o acompanhamento clínico pode ser suficiente, o que envolve monitoramento regular com exames de imagem e de função renal, além de orientações sobre hábitos urinários saudáveis e cuidado com constipação. Também pode ser recomendado o uso de antibióticos em dose baixa (profilaxia) para prevenir infecções urinárias recorrentes.
Se o refluxo vesicoureteral primário ou secundário persiste, causa infecções frequentes ou já ocasionou alteração na função renal, o urologista pediátrico pode indicar intervenções cirúrgicas.
Riscos de não tratar o refluxo vesicoureteral
Quando o refluxo vesicoureteral primário ou secundário não recebe o acompanhamento adequado, as consequências podem comprometer não apenas a saúde urinária, mas também o desenvolvimento global da criança. Isso porque o retorno da urina da bexiga para os rins cria um ambiente favorável à proliferação de bactérias, aumentando o risco de infecções urinárias recorrentes e de pielonefrite (infecção renal). Essas complicações, quando repetitivas, podem deixar cicatrizes nos rins e comprometer sua função.
Com o tempo, o acúmulo de lesões renais pode levar à hipertensão arterial e desenvolvimento de doença renal crônica, situações que exigem cuidados médicos contínuos. Além disso, crianças que sofrem com infecções urinárias de repetição frequentemente enfrentam desconforto, febre e necessidade de internações, impactando diretamente sua qualidade de vida e rotina escolar.
Qual médico trata o Refluxo vesicoureteral primário e secundário
O refluxo vesicoureteral deve ser avaliado e acompanhado por um urologista pediátrico, médico especializado em identificar e tratar alterações do sistema urinário em crianças e adolescentes. Esse profissional é responsável pelo diagnóstico correto, indicação do tratamento adequado e acompanhamento da recuperação e da função renal ao longo do crescimento.
O Dr. Rafael Locali é urologista pediátrico especializado no diagnóstico e tratamento de condições que afetam o sistema urinário infantil, incluindo o refluxo vesicoureteral primário e secundário. Com experiência clínica e atuação dedicada à saúde de crianças e adolescentes, oferece um atendimento humanizado e baseado em evidências científicas, garantindo segurança e tranquilidade para as famílias.
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Fontes: