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Quais os riscos da orquidopexia?

Bebê segurando em mão de adulto.
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

2 janeiro, 2025

Os riscos da orquidopexia incluem infecções, sangramentos, danos a estruturas próximas e recidiva em casos raros

Os testículos do bebê se formam dentro do abdômen e normalmente descem pelo canal inguinal até o escroto, antes do nascimento ou até os seis meses de vida. Se não ocorrer o deslocamento até esse período, a probabilidade de os testículos descerem espontaneamente é muito baixa, o que torna a intervenção cirúrgica, chamada de orquidopexia, indispensável para corrigir a condição.

A cirurgia é indicada para corrigir a criptorquidia, reposicionando os testículos na bolsa escrotal, e prevenir complicações futuras, como problemas de fertilidade e câncer testicular. No entanto, é essencial entender como o procedimento é realizado, conhecer os riscos da orquidopexia e seguir corretamente os cuidados pós-operatórios para minimizar a chance de complicações e garantir uma recuperação adequada.

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Quando a orquidopexia é indicada?

A orquidopexia é uma cirurgia indicada para corrigir a criptorquidia, condição em que um ou ambos os testículos do bebê não descem para a bolsa testicular, como deveria ocorrer naturalmente. O tratamento da criptorquidia deve ser realizado preferencialmente antes dos dois anos de idade, pois a descida espontânea do testículo após os seis primeiros meses de vida é extremamente rara.

Portanto, a cirurgia é indicada entre 6 e 24 meses de idade, sendo especialmente recomendada durante o primeiro ano de vida. Quando realizada nesse período, tanto os riscos da orquidopexia quanto os riscos de problemas futuros relacionados à saúde testicular são reduzidos. Dessa forma, caso o diagnóstico seja tardio, a intervenção deve ser realizada o mais rápido possível para evitar complicações.

Como a orquidopexia é realizada?

Antes de saber quais são os riscos da orquidopexia, é fundamental entender como esse procedimento é feito. A cirurgia é realizada em centro cirúrgico, sob anestesia geral. O procedimento pode ser unilateral, quando afeta apenas um testículo, ou bilateral, quando envolve ambos os testículos. Durante a cirurgia, o testículo não descido é localizado, podendo estar na região abdominal ou na virilha. A localização do testículo é muito importante, porque muda a forma de operar.

De maneira geral, é realizada uma incisão sobre o testículo, liberando-o das estruturas ao seu redor, juntamente com o funículo espermático (conjunto de vasos que nutrem o testículo, assim como nervos e ducto deferente). Em seguida, o testículo é levado até o escroto e fixado nessa região.

Depois, são feitas as suturas da pele para fechar incisões que são cobertas com curativos estéreis, com o objetivo de proteger a área operada e prevenir infeções. O procedimento dura cerca de uma hora, embora esse tempo possa variar dependendo da complexidade do caso e das características anatômicas específicas de cada paciente.

Como é o pós-operatório da orquidopexia?

A recuperação após a orquidopexia costuma ser simples e rápida. No entanto, esse tempo pode variar, de acordo com as características específicas de cada caso. Durante o pós-operatório, é essencial seguir algumas orientações para garantir uma recuperação adequada e minimizar os riscos da orquidopexia.

As principais orientações pós-operatórias envolvem o uso adequado dos medicamentos prescritos pelo médico, para controlar o desconforto, e o cuidado adequado da área operada. Além disso, é fundamental comparecer às consultas de acompanhamento para monitorar a recuperação e prevenir possíveis riscos da orquidopexia. As recomendações incluem:

  • Descansar e evitar atividades físicas durante pelo menos uma semana após a cirurgia para não abrir as suturas;
  • Usar medicamentos, como antibióticos e analgésicos, para aliviar a dor;
  • Não aplicar produtos não prescritos, como pomadas;
  • Limpar a área apenas com água e sabão neutro;
  • Manter a área da incisão seca;
  • Trocar curativos, se necessário, de acordo com as instruções médicas;
  • Usar cuecas de suporte ou roupas íntimas que forneçam suporte adequado aos testículos;

Riscos da orquidopexia

Ainda que a cirurgia seja segura na maioria dos casos, existem riscos da orquidopexia como em qualquer procedimento cirúrgico. Entre as possíveis complicações, estão:

  • Infecção, causada pelo contato direto dos tecidos cirúrgicos com bactérias;
  • Hematoma ou sangramento excessivo;
  • Dano aos vasos sanguíneos, nervos ou ducto deferente;
  • Recidiva da criptorquidia, precisando de uma nova cirurgia.

Como minimizar os riscos da orquidopexia?

Os riscos da orquidopexia podem ser minimizados com a adoção de cuidados adequados antes e depois da cirurgia, incluindo a realização de exames pré-operatórios para avaliar a saúde do paciente e o seguimento rigoroso das orientações pós-operatórias. Além disso, a escolha de um profissional experiente é crucial para garantir a segurança e o sucesso do procedimento.

De maneira geral, os riscos da orquidopexia são raros. Adiar a realização do procedimento pode ser prejudicial, aumentando o risco de complicações futuras. Além disso, o controle de possíveis complicações e os cuidados pós-operatórios tendem a ser mais simples em crianças pequenas. Nas crianças que já estão ativas, será necessário evitar atividades físicas e de impacto, como correr e brincar, para prevenir esforços excessivos, choques e quedas.

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Fonte

Ministério da Saúde

Dr. Rafal Locali
Dr. Rafael Fagionato Locali
Urologista
CRM 133874
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