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Testículos não descidos no bebê: o que fazer?

Bebê segurando dedo de mão de adulto.
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

10 janeiro, 2025

Testículos não descidos no bebê devem ser diagnosticados logo após o nascimento e tratados precocemente para prevenir complicações futuras

Os testículos se formam no abdômen do bebê durante a gestação e, normalmente, devem migrar para a bolsa testicular nas últimas semanas de gravidez. No entanto, em alguns casos, esse processo de descida não ocorre de maneira completa ou adequada, resultando na criptorquidia. Nessa condição, um ou ambos os testículos não descem para o escroto antes do nascimento.

O diagnóstico dos testículos não descidos no bebê costuma ser realizado nos primeiros meses de vida, quando o pediatra nota essa ausência. Com um diagnóstico adequado, o tratamento pode reposicionar o testículo, permitindo o desenvolvimento normal da criança e prevenindo complicações futuras, como torção testicular, hérnias inguinais, problemas de fertilidade e, até mesmo, aumento do risco de câncer testicular na idade adulta.

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Causas dos testículos não descidos no bebê

De forma geral, os testículos descem para o escroto até o sétimo mês de gestação e essa migração depende de um equilíbrio hormonal adequado. Se houver desequilíbrios hormonais na mãe ou fatores que dificultem o movimento dos testículos, como obstruções ou falhas nos músculos abdominais, o processo pode não ocorrer como o esperado.

Dessa forma, embora as causas exatas dos testículos não descidos no bebê não sejam totalmente compreendidas, diversos motivos podem contribuir para essa condição durante o desenvolvimento fetal. Entre as possíveis causas, estão:

  • Distúrbios hormonais que afetam o processo de migração dos testículos;
  • Alterações genéticas que podem interferir na formação ou no desenvolvimento dos órgãos reprodutores;
  • Problemas nos músculos abdominais da criança, que são fundamentais para o movimento dos testículos em direção ao saco escrotal.

Fatores de risco dos testículos não descidos no bebê

Os testículos não descidos no bebê é uma condição multifatorial, que parece resultar de uma combinação de fatores genéticos e ambientais e das condições maternas, os quais podem interferir no processo hormonal necessário para a descida dos testículos. Dessa forma, entre os principais fatores de risco relacionados à gestante, destacam-se:

  • Obesidade materna;
  • Diabetes gestacional;
  • Tabagismo;
  • Consumo de álcool;
  • Exposição a pesticidas e outros produtos químicos durante a gravidez;
  • Hipertensão e pré-eclâmpsia;
  • Idade materna avançada;
  • Uso de hormônios durante a gestação.

Quanto aos fatores para os testículos não descidos no bebê ligados ao nascimento e ao desenvolvimento, estão a prematuridade, o baixo peso e os problemas neurológicos que afetam os músculos abdominais e a migração dos testículos. Também existem questões genéticas e hereditárias, como o histórico familiar, especialmente se pais ou irmãos já apresentaram a condição, e as síndromes genéticas, como Prader-Willi, Noonan e síndrome de Down.

Diagnóstico de testículos não descidos no bebê

Para verificar se os testículos estão localizados corretamente, é possível realizar uma observação simples, em que o médico examina a presença dos testículos na bolsa testicular. O diagnóstico da criptorquidia é essencialmente clínico e feito logo após o nascimento por meio de um exame físico detalhado realizado pelo pediatra ou pelo urologista pediátrico.

Ainda é possível que eles desçam espontaneamente nos primeiros meses de vida no caso de testículos não descidos no bebê. No entanto, se isso não ocorrer até por volta dos seis meses, a descida espontânea não é mais provável, e, nesse caso, é necessário o tratamento para evitar complicações futuras, como problemas de fertilidade e outros distúrbios relacionados.

Tratamento para os testículos não descidos no bebê

O tratamento para os testículos não descidos no bebê é cirúrgico e conhecido como orquidopexia, um procedimento que reposiciona o testículo no escroto. A cirurgia nunca deve ser realizada antes dos seis esses de idade e, preferencialmente, sempre antes dos 2 anos de idade, pois nessa fase estão as maiores chances de sucesso.

Além disso, realizar o procedimento em crianças muito mais velhas pode reduzir a eficácia da cirurgia. Além disso, o risco de complicações cirúrgicas aumenta com a idade.

Nos casos de testículos não descidos no bebê prematuro, as taxas de retorno à posição incorreta são mais altas, pois eles podem ter um desenvolvimento incompleto dos músculos e das estruturas necessárias para a migração dos testículos. É essencial que o acompanhamento seja feito após a cirurgia para monitorar a recuperação, verificar a posição do testículo e garantir que o procedimento tenha sido bem-sucedido a longo prazo.

Como é a cirurgia para criptorquidia?

A cirurgia para correção dos testículos não descidos no bebê começa com a administração da anestesia geral. Em seguida, o cirurgião faz uma pequena incisão próximo ao local onde o testículo está posicionado, movendo-o cuidadosamente até o escroto. Após reposicionar o testículo, o médico sutura os tecidos e fixa o testículo na bolsa testicular, garantindo que permaneça no local correto.

A cirurgia é realizada de forma ambulatorial, com alta hospitalar geralmente 12 horas após o procedimento. Nos dias seguintes, pode haver algum desconforto na região da cirurgia, mas a dor é controlada com medicamentos prescritos pelo médico. A recuperação costuma ser rápida, desde que as orientações médicas sejam seguidas, incluindo o cuidado de evitar impactos ou esforços na área para garantir uma cicatrização adequada.

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Fonte:

Ministério da Saúde

Dr. Rafal Locali
Dr. Rafael Fagionato Locali
Urologista
CRM 133874
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