Embora seja uma condição muito comum e frequente, o acompanhamento médico é uma etapa fundamental no tratamento do cálculo renal
Uma das condições mais prevalentes e também mais dolorosas são os chamados cálculos renais, ou nefrolitíase, as famosas “pedras no rim”. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, estima-se que 10% da população brasileira sofre com esta condição, que acomete principalmente o sexo masculino.
Sabendo que aproximadamente metade dessas pessoas terão pelo menos mais um episódio de cálculos renais em 10 anos após a ocorrência do primeiro quadro, é importante conhecer as principais causas e as opções de tratamento do cálculo renal.
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Índice
Principais causas do cálculo renal
Existem diversos fatores etiológicos que podem estar associados à formação de cálculos renais, sendo estas as causas mais importantes:
- Predisposição genética;
- Desidratação e baixa ingesta hídrica;
- Dieta rica em proteínas, sal e sódio;
- Sedentarismo e/ou obesidade;
- Alterações anatômicas e obstruções do trato urinário;
- Hiperparatireoidismo;
- Imobilização prolongada.
Assim, uma pessoa que tem história familiar positiva para nefrolitíase precisa se atentar ainda mais aos outros fatores, cuidando principalmente da alimentação, ingestão de água e do estilo de vida.
Diagnóstico do cálculo renal
A suspeita diagnóstica de cálculo renal se dá quando o paciente apresenta os sintomas clássicos desse quadro, que incluem dor lombar de forte intensidade que pode irradiar para o abdômen, e por vezes sangue na urina. Além disso, a história familiar de nefrolitíase e histórico pessoal de doenças renais ou outras condições crônicas podem ajudar a guiar a investigação diagnóstica, principalmente em crianças que nasceram com alguma alteração anatômica no trato urinário.
Dentre os exames que devem ser realizados para se ter o diagnóstico e então definir o tratamento do cálculo renal, estão a análise laboratorial da urina, urocultura e de exames de imagem que ajudem a confirmar a presença dos cálculos e se há obstrução urinária.
Em relação aos exames de imagem, a tomografia de abdome e pelve, sem uso de contraste endovenoso, é o padrão-ouro para o diagnóstico. Com este exame podemos obter informações preciosas e bem confiáveis, como o tamanho dos cálculos, posicionamento, densidade e se estão provocando obstrução ou não do trato urinário. Desta forma, sempre que pensamos em indicar algum tipo de tratamento cirúrgico, é fundamental termos a tomografia para programação da abordagem.
Porém, como exame de rastreamento, a tomografia não é a melhor opção, pois expõe o paciente a uma quantidade grande de radiação. Por isso, quando pensamos em acompanhamento de pacientes com histórico de cálculo renal, a melhor opção é o ultrassom. Vale lembrar que, apesar de ser um exame excelente, a ressonância magnética não se presta para investigação e/ou avaliação de cálculo renal.
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Tratamento do cálculo renal
A escolha pela melhor abordagem e tratamento do cálculo renal depende de alguns fatores, como:
- É a primeira vez ou é um quadro recorrente?
- Qual o tamanho dos cálculos e sua localização?
- Está provocando obstrução do trato urinário?
- Qual a gravidade dos sintomas?
- O tratamento deve ser hospitalar de urgência ou eletivo?
Assim, cada paciente deve ser avaliado individualmente para que o melhor tratamento seja escolhido, bem como qualquer pessoa com pedras nos rins deve receber medicamento para a dor, que geralmente é de grande intensidade.
Como é feito o tratamento do cálculo renal?
Além do controle da dor, o tratamento do cálculo renal pode ser clínico, por meio de medicamentos que auxiliam na eliminação do cálculo, especialmente se existe alguma obstrução, ou cirúrgico.
O principal fator determinante para optar por uma conduta clínica é o tamanho e a localização do cálculo. Aqueles com diâmetros menores ou iguais a 5 mm tem grande chance de serem eliminados espontaneamente pelos ureteres e pela uretra, enquanto os cálculos maiores têm mais dificuldade e chance de lesionar os tecidos. Além disso, quanto mais baixo o cálculo estiver na uretra, maior a facilidade de eliminar sem precisar de intervenção.
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Quando o tratamento para o cálculo renal é recomendado?
Como regra geral, cálculos que estão provocando obstrução ureteral e são iguais ou maiores que 5 mm têm indicação de tratamento cirúrgico, exceto em algumas situações específicas. Neste mesmo sentido, cálculos ureterais menores que 5 mm normalmente não precisam de cirurgia; claro, também existem exceções. No caso de cálculos não obstrutivos, ou seja, que estão ainda dentro dos rins, a indicação de tratamento cirúrgico envolve alguns fatores, como tamanho, localização e sintomas clínicos, e devem ser discutidos individualmente com cada paciente.
Por fim, existem algumas situações em que é necessário intervir cirurgicamente no quadro, tais como:
- Quando não há eliminação espontânea dos cálculos ureterais, nem mediante uso de medicamentos;
- Obstrução completa causada pelos cálculos associada à infecção;
- Evidência de função renal prejudicada;
- Cálculos sintomáticos com dor intensa persistente.
Como o uropediatra Dr. Rafael Locali pode ajudar no tratamento do cálculo renal?
O uropediatra Dr. Rafael Locali possui ampla experiência no diagnóstico e no tratamento do cálculo renal, e pode ajudar a definir a melhor conduta para os casos de nefrolitíase em crianças e adolescentes, além de acompanhar seu filho para evitar recorrência e complicações do quadro.
Tire dúvidas ou marque sua consulta para saber mais a respeito com o urologista Dr. Rafael Locali.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Urologia