O aumento da ingesta hídrica e de alimentos naturais é uma das formas de evitar o surgimento do cálculo renal em crianças
Embora o cálculo renal em crianças não seja um quadro com sintomatologia tão exacerbada quanto nos adultos, ele pode representar uma série de alterações metabólicas e anatômicas de moderada a grave complexidade. Por isso, esse diagnóstico demanda mais atenção do médico e demanda uma investigação mais detalhada das vias urinárias e do funcionamento dos rins da criança.
Além disso, é importante destacar que diversos serviços de saúde têm relatado um aumento da frequencia de cálculo renal em crianças, possivelmente devido ao estilo de vida moderno, que inclui uma alimentação rica em sódio, açúcares, e menor consumo de água. Um estudo realizado pelo The Journal of Urology, inclusive, indicou que a quantidade de crianças diagnosticadas com pedras nos rins triplicou entre 1999 e 2010.
Índice
O que é o cálculo renal em crianças?
O cálculo renal em crianças, ou urolitíase pediátrica, nada mais é do que a presença de “pedras nos rins”, que podem causar obstruções dolorosas e infecção de urina com complicações. A composição dos cálculos pode ser oxalato de cálcio, fosfato de cálcio, estruvita ou ácido úrico, que se formam principalmente pela elevada concentração de sais nos rins e pela pouca ingesta hídrica.
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O que causa cálculo renal em crianças?
A formação de cálculo renal em crianças costuma estar mais associada a distúrbios metabólicos e ao histórico familiar, mas o aumento de casos de pacientes pediátricos com esse diagnóstico levantou a hipótese de que a mudança no padrão alimentar e nos hábitos de vida das crianças e adolescentes têm impactado diretamente no surgimento de cálculos nos rins.
Porém, como a principal causa para a formação dos cálculos nas crianças ainda são as alterações e disfunções metabólicas, é fundamental que todo paciente pediátrico com pedras nos rins passe por uma consulta e investigação aprofundada com o uropediatra, para verificar se não há nenhuma doença crônica importante.
Sintomas e diagnóstico
O cálculo renal em crianças pode se apresentar de forma assintomática ou causar leves desconfortos e dores abdominais – diferente do cálculo no adulto, que causa cólicas intensas –, além de infecção ou sangramento urinário. Em alguns casos mais raros, pode haver dor abdominal e lombar de forte intensidade, náuseas, vômitos e diminuição do fluxo urinário.
Assim, na presença de sintomas urinários, o médico comumente solicita exame de urina para verificar a existência de infecção , e exames de imagem que permitem visualizar a presença de cálculos, como o ultrassom de rins e vias urinárias, sendo essa uma opção mais segura devido à não emissão de radiação ionizante.
Porém, em casos de cálculos muito pequenos – menores que 4 mm – pode ser necessário fazer uma tomografia computadorizada para obter o correto diagnóstico do cálculo renal em crianças.
Tratamento do cálculo renal em crianças
O tratamento do cálculo renal em crianças depende tanto do tamanho e localização dos cálculos quanto da idade e comorbidades do paciente. Nos casos mais simples, as pedras podem ser eliminadas naturalmente com a urina, sendo necessário apenas aumentar o consumo de água e tratar a dor com os medicamentos sintomáticos.
Já as pedras de maior tamanho podem precisar ser removidas por métodos cirúrgicos minimamente invasivos para cálculo renal, como a robótica, laparoscopia, por técnicas endoscópicas, ou por tratamentos que destroem os cálculos a partir da emissão de ondas de impacto (LECO – litotripsia extra-corpórea por ondas de choque).
Como prevenir?
Para prevenir o surgimento de cálculo renal em crianças é importante aderir a hábitos de vida saudáveis, principalmente com relação à alimentação e ingesta hídrica.
Assim, recomenda-se:
- Consumir bastante água, frutas e verduras;
- Preferir alimentos naturais aos ultraprocessados;
- Reduzir o consumo de sódio, como salgadinhos, refrigerantes e fast food;
- Reduzir a quantidade de sal nos alimentos;
- Investigar alterações urinárias quando surgir qualquer sintoma.
Tire dúvidas ou marque sua consulta para saber mais a respeito com o urologista Dr. Rafael Locali.
Fontes: