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Cisto no rim: causas, sintomas e tratamentos

Imagem ilustrativa de cistos no rim
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

22 junho, 2023

Conhecer os fatores de risco para o cisto no rim é importante para evitar complicações

O cisto no rim é uma estrutura sacular repleta de líquido, formada em um ou nos dois rins. Muitas vezes, é descoberta acidentalmente durante exames médicos de rotina, como ultrassonografias ou tomografias computadorizadas. Além disso, pode ser classificada em simples ou complexa, conforme suas características estruturais e o material que a preenche.

Os rins têm importantes funções para o metabolismo humano, como filtrar o sangue, remover resíduos e excesso de fluidos do corpo, controlar o equilíbrio de eletrólitos e produzir hormônios. Entretanto, alguns cistos causam sintomatologias significativas e complicações, como será visto adiante.

Preciso tratar um cisto no rim!

Tipos de cistos renais

Existem quatro tipos principais de cisto no rim, como os mencionados na lista a seguir:

Cisto simples

É o tipo mais comum de cisto no rim e, geralmente, não causa complicações ou grande sintomatologia. Suas paredes são finas, regulares e são preenchidas apenas com fluido claro.

Cisto complexo

Esse é menos comum e requer maior investigação e intervenção médica. Difere-se dos cistos simples por ter paredes irregulares e espessas, que podem ser preenchidas por líquidos, sólidos ou ambos.

Cisto hereditário

O cisto hereditário forma-se em pessoas que têm maior predisposição genética, geralmente por alterações transmitidas entre pais e filhos.

Além disso, existe uma classificação tomográfica dos cistos renais, chamada de Bosniak, que nos ajuda a entender se o cisto é simples ou complexo, além de mostrar o grau de alterações morfológicas que os cistos possuem (figura 1). Essa classificação é muito importante, pois mostra o risco de um cisto complexo ser câncer, determinando, assim, a forma de tratamento.

Imagem ilustrativa de cisto no rim
Imagem: Shutterstock

Figura 1: Classificação de Bosniak. Bosniak 1 é o cisto simples, sem septações. A partir do Bosniak 2, surgem septações que aumentam em quantidade, espessura, presença de calcificação e material espesso/sólido no interior do cisto. Cistos Bosniak 2 tem 5% de chance de ser tumor, Bosniak 3 tem 40% de chance e Bosniak 4 tem 80% de chance de ser tumor maligno.

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Causas e fatores de risco

As causas que levam ao surgimento de um cisto no rim não são completamente compreendidas, mas sabe-se que uma combinação de fatores pode estar relacionada, como:

  • Histórico familiar positivo;
  • Lesão renal por trauma;
  • Obesidade;
  • Hipertensão Arterial Sistêmica;
  • Tabagismo;
  • Sexo masculino;
  • Diabetes Mellitus.

Sintomas e diagnóstico

A maioria dos cistos renais não causa sintomas no paciente. Normalmente, são descobertos acidentalmente durante exames médicos de rotina ou de imagem. Porém, quando sintomático, o cisto no rim apresenta os seguintes sintomas:

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Tratamento do cisto no rim

O tratamento de cisto renal depende das características do cisto, ou seja, se é um cisto simples ou complexo, tamanho, número e localização, bem como dos sintomas que eles causam. Quando o cisto no rim é simples, independentemente do tamanho, e assintomático, não há um tratamento específico indicado, apenas acompanhamento periódico para identificar possíveis mudanças.

Já nos casos em que os cistos renais complexos, ou cistos simples que provoquem dor ou dilatação do trato urinário por compressão, existe a indicação de tratamento.

No caso dos cistos simples sintomáticos, as alternativas de tratamento são as escleroses percutâneas, em que o cisto é puncionado com uma agulha bem fina, guiado por exame de ultrassom ou tomografia, esvaziado, e uma substância esclerosante, como álcool ou iodo é injetado no interior do cisto, para que ele não cresça novamente. Uma outra forma de tratamento é a marsupialização ou destelhamento do cisto, por via laparoscópica ou robótica.

Por outro lado, no caso dos cistos complexos Bosniak III e IV, devido ao alto risco de neoplasia (câncer de rim) cística do rim, a conduta é sempre cirúrgica, com a ressecção completa do cisto, procedimento chamado de nefrectomia parcial. Essa cirurgia é habitualmente realizada por laparoscopia, mas minha preferência é a realização por via robótica. Nos casos de cistos Bosniak II ou IIF, a conduta é repetir o exame de imagem em 6 meses, para detectar se houve alguma alteração nas características do cisto, ao passo que os cistos Bosniak I, por serem cistos simples, sem qualquer risco de malignização, a conduta é somente acompanhamento.

Nas situações de Doença Renal Policística, não existe indicação de remoção dos cistos, porque é uma condição genética. A maior preocupação é cuidar da preservação da função renal, e, por isso, o acompanhamento multidisciplinar é fundamental. Apesar disso, existem algumas situações bem específicas em que é necessário a cirurgia nesses pacientes, como em casos de sangramento incoercível ou infecção dos cistos.

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Prevenção do cisto no rim

A prevenção do cisto no rim pode não ser possível em todos os casos, mas há algumas medidas que ajudam a reduzir o risco de desenvolvimento de cistos renais:

  • Manter um estilo de vida saudável;
  • Controlar a pressão arterial;
  • Evitar o tabagismo;
  • Diagnosticar e tratar condições médicas subjacentes;
  • Fazer checkups regulares.

Complicações do cisto no rim

Os cistos renais costumam ser benignos e não causam sintomas, mas em alguns casos ocorrem complicações, incluindo infecção, hemorragia, ruptura, obstrução urinária, insuficiência renal e malignização.

Por esse motivo, é fundamental que pessoas com histórico familiar de cisto no rim, fatores de risco ou quaisquer sintomas ou alterações urinárias busquem atendimento médico especializado para diagnosticar, tratar e evitar complicações.

Tire dúvidas ou marque sua consulta para saber mais a respeito com o urologista Dr. Rafael Locali.

 Fontes:

Ministério da Saúde

Sociedade Brasileira de Urologia

Dr. Rafal Locali
Dr. Rafael Fagionato Locali
Urologista
CRM 133874
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