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Cirurgia incontinência urinária

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A intervenção visa a corrigir escapes involuntários de urina, devolvendo qualidade de vida e bem-estar ao paciente

A cirurgia de incontinência urinária é um procedimento que visa tratar a perda involuntária de urina pela uretra, uma alteração que pode se manifestar por meio de pequenos escapes ou jatos — e não necessariamente pela perda incontrolável de urina. Embora este seja um distúrbio muito mais frequente entre o público feminino, ele também pode afetar crianças e homens, causando diversos transtornos à autoestima e ao bem-estar do paciente.

A realização da cirurgia de incontinência urinária geralmente é indicada para casos mais graves, quando as perdas urinárias se tornam mais frequentes e não podem ser controladas por meio de tratamentos clínicos e fisioterapia. Existem várias modalidades de tratamento cirúrgico a depender da origem e tipo de incontinência urinária. Para tratar essa alteração nas crianças, cabe ao urologista pediátrico responsável pelo caso, avaliar a necessidade do paciente e indicar o melhor método.

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O que é a incontinência urinária?

A incontinência urinária é um distúrbio muito frequente que se caracteriza pela perda involuntária de urina e está associado a causas variadas, podendo ser classificada em três principais tipos. São eles:

  • Incontinência por esforço: a perda de urina ocorre quando há aumento da pressão sobre a bexiga, seja ao rir, tossir, espirrar, levantar-se, prática de exercícios;
  • Bexiga Hiperativa: tem como principal sintoma a vontade repentina de fazer xixi e incapacidade de controlar a bexiga até chegar ao banheiro, dor ao urinar, acordar para urinar de noite e sensação de bexiga cheia sempre;
  • Incontinência mista: sintomas associados da incontinência urinária de esforço com bexiga hiperativa.

O problema pode afetar pessoas de ambos os sexos e em qualquer fase da vida, mas a Sociedade Brasileira de Urologia aponta que a incontinência urinária acomete sobretudo as mulheres com mais de 40 anos, sendo também muito comum em gestantes. No entanto, em crianças, a incontinência urinária, normalmente, está associada à imaturidade do controle neurológico da micção, ou a doenças neurológicas que comprometem a inervação vesical, como a mielomeningocele. Em todos os casos, esta é uma alteração que pode trazer diversos impactos à vida do paciente, comprometendo não apenas sua saúde, mas o estado emocional e o cotidiano do indivíduo.

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Causas e impactos da incontinência urinária

A incontinência urinária pode estar associada a causas variadas, desde herança genética até sobrepeso, alterações anatômicas e enfraquecimento da musculatura que circunda a uretra. Doenças crônicas como diabetes, menopausa, tabagismo, esclerose múltipla e até mesmo o processo natural de envelhecimento do organismo também podem favorecer o desenvolvimento da condição.

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Incontinência urinária feminina

O corpo feminino possui características que o tornam mais suscetível à ocorrência de incontinência urinária, uma vez que a uretra mais curta e anatomia feminina fazem com que o assoalho pélvico das mulheres seja mais frágil. Isso afeta diretamente as estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos pélvicos femininos e contraem a uretra para evitar a perda urinária, favorecendo a ocorrência dos escapes.

A tendência é que o problema se torne mais comum à medida que o organismo vai envelhecendo, podendo ser influenciado por alterações como menopausa, constipação intestinal e doenças que afetam o colágeno. Embora benigna, esta alteração pode comprometer significativamente a qualidade de vida da paciente, que passa a limitar suas atividades e sofrer com medo constante de apresentar perdas urinárias.

Incontinência urinária em homens

Em homens, a incontinência urinária muitas vezes está associada à realização prévia de cirurgia de câncer de próstata, que pode levar a uma lesão do esfíncter ou dos nervos responsáveis por seu controle. Problemas neurológicos, diminuição da sensibilidade da bexiga (geralmente causada pelo aumento da próstata), desgastes do tônus muscular da região pélvica e distúrbios hormonais também podem ser apontados como causas do problema.

Os impactos da incontinência urinária na vida dos homens também podem ser muito significativos, e muitos pacientes deixam de frequentar eventos sociais, praticar esportes ou manter uma vida ativa. O receio de apresentar um episódio de perda urinária pode fazer com que o indivíduo limite sua vida e desenvolva problemas de ordem psicológica, como depressão.

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Incontinência urinária infantil

Incontinência urinária infantil

A falta de controle sobre a bexiga é considerada comum nos cinco primeiros anos de vida, período em que é aceitável e até esperado que a criança apresente casos de perda involuntária de urina. Após esta idade, porém, é necessário verificar melhor a questão para identificar possíveis problemas congênitos, anomalias anatômicas ou alterações comportamentais que podem ocasionar a incontinência. Habitualmente, doenças neurológicas congênitas que afetam a coluna, como a mielomeningocele, são causas importantes de incontinência urinária na infância.

Tratamentos: a cirurgia de incontinência urinária é sempre necessária?

O tratamento desta alteração deve ser sempre individualizado, cabendo a um urologista a tarefa de identificar as causas da perda involuntária de urina e apontar a metodologia mais adequada para solucionar a questão. Além da cirurgia de incontinência urinária, outras possíveis formas de lidar com a condição envolvem a realização de fisioterapia com objetivo de fortalecer a musculatura do assoalho pélvico.

Além disso, alguns casos de incontinência urinária podem ser tratados a partir da administração de medicamentos. Também podem ser recomendadas alterações no estilo de vida do paciente, ajustando a alimentação e fatores desencadeantes. A realização da cirurgia de incontinência urinária é indicada principalmente para casos em que o escape é ocasionado por esforço ou quando os demais tratamentos não trazem o efeito esperado.

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Como é feita a cirurgia de incontinência urinária?

A cirurgia para incontinência urinária de esforço feminina normalmente é realizada a partir de uma técnica que consiste na colocação de uma fita (de tecido próprio ou sintética) sob a uretra, aumentando assim sua capacidade de segurar o xixi. Este tipo de procedimento é chamado de cirurgia Sling, tem elevadas chances de sucesso e pode ser aplicado nos pacientes do sexo masculino, em casos muito específicos.

Para os homens, a cirurgia de incontinência urinária normalmente pode ser feita a partir da colocação de um esfíncter artificial, ajudando no fechamento da uretra e evitando a passagem involuntária da urina. Este tipo de intervenção geralmente é destinado a casos graves, com elevado volume de perda urinária ou perda contínua e descontrolada.

Ambos os procedimentos são realizados com anestesia raquidiana e sedação, demandando internação hospitalar de poucos dias. O processo de recuperação da cirurgia de incontinência urinária é relativamente rápido e indolor, demandando apenas cuidados em relação à higienização, evitar relações sexuais, não fazer esforços físicos e carregar peso.

Nos casos de bexiga hiperativa que resiste a tratamento clínico com medicamentos e fisioterapia. Temos basicamente duas possibilidades terapêuticas:

  • Toxina botulínica intravesical;
  • Neuromodulador sacral (foto de neuromodulador sacral).

Para cada tratamento desses há certas particularidades para serem avaliadas antes de serem indicadas aos pacientes. O tratamento por toxina botulínica é realizado por cistoscopia, com introdução de uma câmera pela bexiga que guiará o cirurgião para locais de aplicação do medicamento. A toxina botulínica relaxa a musculatura da bexiga, que no caso da bexiga hiperativa fica com contrações não inibidas e descoordenadas. Essa medicação diminui os sintomas de urgência, perda por urgência, frequência urinária e noctúria. Mas, eventualmente, pode causar retenções urinárias.

No caso do neuromodulador sacral é colocado um dispositivo implantável que estimula os nervos sacrais com suaves impulsos elétricos de modo a reduzir os escapes urinários. Também podendo ajudar a reduzir a necessidade de interromper o sono devido a acordar muitas vezes durante a noite para urinar. Para saber se essa terapia é adequada ao paciente é necessário realizar um teste de 14 dias com a inserção dum eletrodo fino (como um fio) e flexível próximo aos nervos sacrais (perto do cóccix) sob anestesia. O eletrodo é colado a pele e conectado a um pequeno estimulador que fica na cintura. O estimulador envia leves impulsos elétricos por meio do eletrodo para nervo sacral. A estimulação pode ajudar a melhorar o funcionamento da bexiga ou fazê-la funcionar da forma correta. Durante a avaliação de teste, o paciente deve manter muitas das suas atividades diárias, com alguns cuidados específicos. Se nesse período, os sintomas do paciente forem reduzidos ou eliminados de forma significativa avalia-se a possibilidade da terapia de neuromodulação a longo prazo.

A implantação do neuromodulador sacral é um procedimento rápido, realizado em centro cirúrgico, com uma pequena incisão em sua nádega superior, por onde o médico inserirá o neuroestimulador, sob a pele. Além disso, uma pequena incisão na parte inferior de suas costas é realizada para inserção de um eletrodo de longa permanência. E após o procedimento é necessário um acompanhamento com o urologista para ajustes dos ciclos do aparelho.

Para saber mais sobre a cirurgia de incontinência urinária e tirar suas dúvidas sobre o procedimento, entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Rafael Locali.

Fontes:

Hospital Israelita Albert Einstein

Hospital Sírio-Libanês

Portal da Urologia

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