Abertura anormal que se forma entre a uretra e a pele do pênis é uma das complicações mais comuns dessa cirurgia
A hipospadia é uma malformação congênita do trato urinário, caracterizada pela abertura anormal da uretra, o canal por onde sai a urina. Em vez de estar localizada na ponta do pênis, os meninos com hipospadia apresentam o meato uretral em outros locais.
Dessa forma, a hipospadia pode se apresentar de diferentes maneiras, desde casos leves, onde a abertura está em uma posição mais baixa na glande, até casos mais graves, onde a abertura pode estar localizada no meio do pênis ou no períneo.
Além da alteração na posição da uretra, a hipospadia pode ser acompanhada por outras alterações, como curvatura peniana ventral e prepúcio incompleto, formando um capuz dorsal, também chamado de capuchão.
O tratamento da hipospadia é sempre cirúrgico e visa reposicionar a abertura da uretra, alinhar o pênis e, quando necessário, reconstruir o prepúcio. Embora a cirurgia seja bem-sucedida na maioria dos casos, podem ocorrer algumas complicações, sendo a fístula após a cirurgia de hipospadia uma das mais comuns.
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Quando o tratamento cirúrgico da hipospadia é indicado?
Como vimos, a cirurgia de hipospadia é o único modo de corrigir essa malformação. A intervenção é necessária para deixar o pênis funcional, de modo a garantir uma micção normal e evitar complicações futuras, como:
- Dificuldade para urinar em pé;
- Problemas sexuais;
- Comprometimento da autoestima devido a alterações estéticas;
- Curvatura peniana anômala.
A recomendação é que o procedimento seja feito entre 6 e 18 meses de vida, quando os riscos anestésicos são menores e a recuperação tende a ser mais rápida e com melhores resultados.
Como é realizada a cirurgia de hipospadia?
A cirurgia de hipospadia é um procedimento personalizado, feito de acordo com a gravidade da condição. O objetivo é reposicionar a abertura da uretra na ponta do pênis, utilizando o tecido do prepúcio para construir um novo orifício. Além disso, a curvatura do pênis é corrigida e o prepúcio pode ser reconstruído, distribuindo a pele ao redor do pênis.
O procedimento é realizado sob anestesia geral e pode durar de 1 a 3 horas, dependendo da complexidade do caso. Após a cirurgia, um cateter uretral pode ser inserido no local por alguns dias para ajudar na cicatrização e drenagem da urina.
A cirurgia de hipospadia pode oferecer riscos?
Assim como ocorre em qualquer outro procedimento cirúrgico, a cirurgia de hipospadia não está isenta de riscos. As complicações mais frequentes são:
- Infecções;
- Sangramentos;
- Hematomas no pênis;
- Estenose da uretra, que é o estreitamento do canal urinário;
- Deiscência da sutura, condição na qual a incisão cirúrgica se abre antes da cicatrização completa;
- Recidiva da curvatura do pênis;
- Formação de fístulas urinárias.
A fístula após a cirurgia de hipospadia é uma das complicações mais comuns, ocorrendo em cerca de 5% a 20% dos casos, dependendo da complexidade da cirurgia.
Fístula após cirurgia de hipospadia
A fístula após a cirurgia de hipospadia é uma abertura anormal que se forma entre a uretra e a pele do pênis, permitindo o vazamento de urina. Essa complicação pode ocorrer devido a problemas na cicatrização, tensão excessiva na sutura, infecções ou má vascularização do tecido utilizado na reconstrução. Em alguns casos, a fístula pode ser pequena e assintomática, mas, em outros, pode causar vazamento significativo de urina, exigindo uma nova intervenção para corrigi-la.
Fístula após cirurgia de hipospadia: quando se preocupar?
Como vimos, a presença de uma fístula após a cirurgia de hipospadia nem sempre é motivo de preocupação, mas é um quadro que requer atenção.
Fístulas menores podem fechar espontaneamente com o tempo, mas se a fístula for grande, causar desconforto significativo ou não fechar após algumas semanas, o recomendado é procurar um médico para fazer uma avaliação mais detalhada do caso.
O que fazer em caso de fístula após cirurgia de hipospadia?
Se o seu filho apresentar sinais de fístula após a cirurgia de hipospadia, o primeiro passo é entrar em contato com o uropediatra que realizou o procedimento para que ele avalie o tamanho e a localização da fístula, bem como a presença de outros sintomas.
Em casos leves, o tratamento pode incluir observação e cuidados simples, como manter a área limpa e seca. Em casos mais graves, pode ser necessária uma nova cirurgia para fechar a fístula. Essa cirurgia reparadora é geralmente mais simples do que a cirurgia inicial e tem altas taxas de sucesso.
Entre em contato com o Dr. Rafael Locali e agende uma consulta.
Fontes: